Candidatos presidenciais franceses debatem crise e situação espanhola
Paris, 11 abr (EFE).- A crise financeira, as estratégias para cumprir com os objetivos econômicos e a situação da vizinha Espanha dominaram nesta quarta-feira a campanha dos candidatos presidenciais franceses.
O dia começou com uma nova declaração do presidente francês e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, que defendeu as reformas econômicas aplicadas durante seu mandato e afirmou que sem elas a França estaria como a Espanha e a Grécia.
Em uma referência ao país vizinho que já se transformou quase em rotineira na estratégia eleitoral de Sarkozy, o presidente afirmou que "na Espanha tiveram que descer a previdência, descer os salários na administração pública, e o desemprego aumentou em 225%, enquanto na França cresceu 17%".
No entanto, do mesmo Governo do presidente chegaram outras versões, pois alguns de seus partidários consideraram que as reformas anunciadas pelo Executivo espanhol estão facilitando a recuperação econômica e que é "excessiva" a preocupação dos mercados pela situação do país.
A ministra francesa do Orçamento, Valérie Pécresse, também porta-voz do Governo, afirmou em entrevista coletiva posterior ao Conselho de Ministros que as reformas empreendidas pelo Executivo espanhol melhoraram o "potencial de crescimento".
A bola de neve criada pelo próprio Sarkozy na semana passada com suas alusões à Espanha deixou sobras para outros candidatos às eleições presidenciais, cujo primeiro turno será realizado em 11 dias.
O centrista François Bayrou (MoDem) advertiu que a "situação espanhola" corre o risco de chegar à França em semanas e responsabilizou tanto Sarkozy, por sua política "irreal", como seu oponente socialista, François Hollande, cujo projeto econômico foi classificado como "financeiramente insustentável".
Na véspera, a candidata ultradireitista da Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, propôs à Espanha abandonar o euro como maneira de evitar a "imposição" de medidas de resgate semelhantes às que a Grécia teve que assumir.
Nesta quarta-feira, os responsáveis pela campanha de Le Pen insistiram na referência aos países do sul da Europa como exemplos do que não deve ser feito: "a Grécia afunda, a Espanha vacila", afirmaram em comunicado.
Outro candidato menor, com nulas possibilidades de passar pelo filtro no primeiro turno das eleições, o defensor da soberania Nicolas Dupont-Aignan, também se uniu aos comentários sobre a vizinha Espanha ao afirmar que o tsunami financeiro chegará à França desde o outro lado dos Pirineus.
Embora estivesse previsto, o comparecimento na Assembleia Nacional do ministro francês de Finanças, François Baroin, destinada a explicar os objetivos macroeconômicos da França para os próximos anos, apoiava a mensagem sobre a gestão exemplar das finanças francesas ao confirmar que em 2012 o déficit público se reduzirá a 4,4% do Produto Interno Bruto.
"Tomamos as medidas necessárias para cumprir com nossos objetivos de déficit", ressaltou Baroin, que no entanto aproveitou a ocasião para compensar as referências negativas à Espanha no meio da campanha ao classificar como "valentes" as decisões tomadas em Madri para restabelecer a saúde de suas finanças.
Uma vez iniciada a campanha oficial na segunda-feira, os dez candidatos têm previstas aparições na imprensa, com um comparecimento em grupo que esta noite reúne cinco deles.
Os debates mais esperados, sem dúvida, são entre os dois candidatos ao segundo turno, que faltando surpresas e em uma campanha que confirma por enquanto as tendências adiantadas pelas pesquisas, serão provavelmente Sarkozy e Hollande.
O dia começou com uma nova declaração do presidente francês e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, que defendeu as reformas econômicas aplicadas durante seu mandato e afirmou que sem elas a França estaria como a Espanha e a Grécia.
Em uma referência ao país vizinho que já se transformou quase em rotineira na estratégia eleitoral de Sarkozy, o presidente afirmou que "na Espanha tiveram que descer a previdência, descer os salários na administração pública, e o desemprego aumentou em 225%, enquanto na França cresceu 17%".
No entanto, do mesmo Governo do presidente chegaram outras versões, pois alguns de seus partidários consideraram que as reformas anunciadas pelo Executivo espanhol estão facilitando a recuperação econômica e que é "excessiva" a preocupação dos mercados pela situação do país.
A ministra francesa do Orçamento, Valérie Pécresse, também porta-voz do Governo, afirmou em entrevista coletiva posterior ao Conselho de Ministros que as reformas empreendidas pelo Executivo espanhol melhoraram o "potencial de crescimento".
A bola de neve criada pelo próprio Sarkozy na semana passada com suas alusões à Espanha deixou sobras para outros candidatos às eleições presidenciais, cujo primeiro turno será realizado em 11 dias.
O centrista François Bayrou (MoDem) advertiu que a "situação espanhola" corre o risco de chegar à França em semanas e responsabilizou tanto Sarkozy, por sua política "irreal", como seu oponente socialista, François Hollande, cujo projeto econômico foi classificado como "financeiramente insustentável".
Na véspera, a candidata ultradireitista da Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, propôs à Espanha abandonar o euro como maneira de evitar a "imposição" de medidas de resgate semelhantes às que a Grécia teve que assumir.
Nesta quarta-feira, os responsáveis pela campanha de Le Pen insistiram na referência aos países do sul da Europa como exemplos do que não deve ser feito: "a Grécia afunda, a Espanha vacila", afirmaram em comunicado.
Outro candidato menor, com nulas possibilidades de passar pelo filtro no primeiro turno das eleições, o defensor da soberania Nicolas Dupont-Aignan, também se uniu aos comentários sobre a vizinha Espanha ao afirmar que o tsunami financeiro chegará à França desde o outro lado dos Pirineus.
Embora estivesse previsto, o comparecimento na Assembleia Nacional do ministro francês de Finanças, François Baroin, destinada a explicar os objetivos macroeconômicos da França para os próximos anos, apoiava a mensagem sobre a gestão exemplar das finanças francesas ao confirmar que em 2012 o déficit público se reduzirá a 4,4% do Produto Interno Bruto.
"Tomamos as medidas necessárias para cumprir com nossos objetivos de déficit", ressaltou Baroin, que no entanto aproveitou a ocasião para compensar as referências negativas à Espanha no meio da campanha ao classificar como "valentes" as decisões tomadas em Madri para restabelecer a saúde de suas finanças.
Uma vez iniciada a campanha oficial na segunda-feira, os dez candidatos têm previstas aparições na imprensa, com um comparecimento em grupo que esta noite reúne cinco deles.
Os debates mais esperados, sem dúvida, são entre os dois candidatos ao segundo turno, que faltando surpresas e em uma campanha que confirma por enquanto as tendências adiantadas pelas pesquisas, serão provavelmente Sarkozy e Hollande.