Cameron visita Mianmar para apoiar reforma democrática

Bangcoc, 13 abr (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, iniciou nesta sexta-feira uma visita a Mianmar em um momento no qual o país asiático está imerso em um incipiente processo de reformas democráticas que a União Europeia analisa para decidir se suspenderá suas sanções.

A visita de Cameron é vista como histórica por ser a primeira de um líder ocidental desde que Mianmar obteve a independência do Reino Unido, em 1948.

A viagem de Cameron, que o Governo birmanês qualifica de "informal", se produz no momento em que o país vive um processo de reformas empreendido desde o ano passado após a dissolução do ferrenho regime militar que governou por quase cinco décadas.

Cameron, que chegou a Naypyidaw, a capital birmanesa, procedente de Cingapura, deverá almoçar com o presidente Thei Sein, indicou o vice-ministro da Informação birmanês, Soe Win.

Posteriormente, Cameron deverá ir a Yangun, a antiga capital, para falar com a líder da oposição e da Liga Nacional pela Democracia, Aung San Suu Kyi, e visitar a embaixada do Reino Unido, onde jantará com a Nobel da Paz.

A União Europeia (UE) analisa as sanções impostas no passado a Mianmar em resposta à repressão e ao abuso dos direitos humanos, enquanto os Estados Unidos já relaxaram algumas delas.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia deverão abordar em 23 de abril a política do grupo com relação a Mianmar após avaliar as reformas introduzidas pelo Governo nos últimos 12 meses.

As sanções europeias, que foram renovadas de forma periódica e expiram em 30 de abril, incluem, entre outros itens, o embargo à venda de armas e a limitação de transações financeiras e comerciais. EFE

mfr/pa

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