Prestes a aprovar casamento gay, França ecara clima de tensão
Paris, 22 abr (EFE).- Os deputados franceses se dispõem a adotar amanhã a lei de casamento entre pessoas do mesmo sexo, um projeto que provocou grande tensão e cujos oponentes pretendem seguir combatendo após sua aprovação.
Um sinal da tensão no ambiente que cerca essa lei, impulsionada pelo presidente socialista, François Hollande, é a carta de ameaça recebida hoje pelo presidente da Assembleia Nacional, Claude Bartolone, assinada por um grupo chamado Interação de Forças Armadas (Ifo), que prevê "sofrimento físico" aos deputados socialistas se não aceitarem seu "ultimato" de retirar a lei antes de sua votação.
No envelope da carta foi encontrado um pó escuro que, após análise se descobriu ser pólvora de munição, que concorda bem com a ameaça que encerra a carta: "Nossos métodos são mais radicais e rápidos que as manifestações. Vocês quiseram guerra e terão".
O tom da carta difere muito do utilizado pelos organizadores das manifestações contra o casamento homossexual, que fazem questão de se distanciar de todos os incidentes violentos que foram registrados nos últimos dias.
O coletivo "La Manif Pour Tous" (A Manifestação Para Todos), frente dos opositores ao casamento gay, assegura que não relaxará a pressão das manifestações, que continuarão assim que a lei entrar em vigor.
Por enquanto, foi convocada uma nova concentração para o próximo dia 5, véspera do aniversário da eleição de Hollande como presidente, e outra para 26 de maio, dia das mães.
Além disso, recebem com satisfação o anúncio que a lei, uma vez aprovada, será levada ao Conselho Constitucional.
Seu pedido passa por convocar um plebiscito sobre o assunto, uma alternativa bem amparada pelos deputados conservadores, que garantem que anularão a lei se chegarem ao poder e consultarão o povo.
A grande resposta popular que as manifestações contra o casamento gay obtiveram transformou a iniciativa em uma boa reivindicação eleitoral e os dirigentes da "Manif Pour Tous" não descartam apresentar candidatos às eleições municipais de 2014 nas cidades onde nenhum dos que se apresentam defendam suas ideias.
É o caso de Estrasburgo, onde a atual prefeita conservadora se pronunciou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
"La Manif Pour Tous" quer também tomar distância dos pequenos grupos de extrema direita ou ultracatólicos que nos últimos dias, afirmam, protagonizaram enfrentamentos violentos com a polícia nas concentrações de protesto.
Os socialistas consideram que o terreno preparado pelas manifestações contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo tenha favorecido o aumento dos atos homofóbicos denunciado pelas associações de homossexuais.
O porta-voz do grupo Lésbicas, Gays, Bi(ssexuais) e Trans(exuais) (LGBT) Nicolas Gougain, assegura que os críticos da lei "levantaram os complexos do discurso homofóbico", o que em sua mente "justifica as agressões".
A última aconteceu na madrugada de sábado, quando um casal homossexual foi pisoteado quando saía de uma boate gay de Nice.
Enquanto isso, a lei passará amanhã dos seis meses de trâmites parlamentares e, assim que o texto for ratificado por Hollande, a França terá se tornado o décimo quarto país do mundo que autoriza duas pessoas do mesmo sexo a se casarem.
A possibilidade foi inaugurada em 2001 na Holanda e, posteriormente, adotada por Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal, Argentina, Islândia e Dinamarca.
Uruguai e Nova Zelândia se somaram neste ano a esse grupo de países, e o Reino Unido tem trâmites parlamentares muito avançados para aprovar a lei, também presente em uma dezena de estados dos Estados Unidos, além de alguns do Brasil e do México.
Um sinal da tensão no ambiente que cerca essa lei, impulsionada pelo presidente socialista, François Hollande, é a carta de ameaça recebida hoje pelo presidente da Assembleia Nacional, Claude Bartolone, assinada por um grupo chamado Interação de Forças Armadas (Ifo), que prevê "sofrimento físico" aos deputados socialistas se não aceitarem seu "ultimato" de retirar a lei antes de sua votação.
No envelope da carta foi encontrado um pó escuro que, após análise se descobriu ser pólvora de munição, que concorda bem com a ameaça que encerra a carta: "Nossos métodos são mais radicais e rápidos que as manifestações. Vocês quiseram guerra e terão".
O tom da carta difere muito do utilizado pelos organizadores das manifestações contra o casamento homossexual, que fazem questão de se distanciar de todos os incidentes violentos que foram registrados nos últimos dias.
O coletivo "La Manif Pour Tous" (A Manifestação Para Todos), frente dos opositores ao casamento gay, assegura que não relaxará a pressão das manifestações, que continuarão assim que a lei entrar em vigor.
Por enquanto, foi convocada uma nova concentração para o próximo dia 5, véspera do aniversário da eleição de Hollande como presidente, e outra para 26 de maio, dia das mães.
Além disso, recebem com satisfação o anúncio que a lei, uma vez aprovada, será levada ao Conselho Constitucional.
Seu pedido passa por convocar um plebiscito sobre o assunto, uma alternativa bem amparada pelos deputados conservadores, que garantem que anularão a lei se chegarem ao poder e consultarão o povo.
A grande resposta popular que as manifestações contra o casamento gay obtiveram transformou a iniciativa em uma boa reivindicação eleitoral e os dirigentes da "Manif Pour Tous" não descartam apresentar candidatos às eleições municipais de 2014 nas cidades onde nenhum dos que se apresentam defendam suas ideias.
É o caso de Estrasburgo, onde a atual prefeita conservadora se pronunciou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
"La Manif Pour Tous" quer também tomar distância dos pequenos grupos de extrema direita ou ultracatólicos que nos últimos dias, afirmam, protagonizaram enfrentamentos violentos com a polícia nas concentrações de protesto.
Os socialistas consideram que o terreno preparado pelas manifestações contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo tenha favorecido o aumento dos atos homofóbicos denunciado pelas associações de homossexuais.
O porta-voz do grupo Lésbicas, Gays, Bi(ssexuais) e Trans(exuais) (LGBT) Nicolas Gougain, assegura que os críticos da lei "levantaram os complexos do discurso homofóbico", o que em sua mente "justifica as agressões".
A última aconteceu na madrugada de sábado, quando um casal homossexual foi pisoteado quando saía de uma boate gay de Nice.
Enquanto isso, a lei passará amanhã dos seis meses de trâmites parlamentares e, assim que o texto for ratificado por Hollande, a França terá se tornado o décimo quarto país do mundo que autoriza duas pessoas do mesmo sexo a se casarem.
A possibilidade foi inaugurada em 2001 na Holanda e, posteriormente, adotada por Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal, Argentina, Islândia e Dinamarca.
Uruguai e Nova Zelândia se somaram neste ano a esse grupo de países, e o Reino Unido tem trâmites parlamentares muito avançados para aprovar a lei, também presente em uma dezena de estados dos Estados Unidos, além de alguns do Brasil e do México.