Caseiro é acusado da morte de Paulo Malhães
Rio de Janeiro, 29 abr (EFE).- A polícia deteve nesta terça-feira o caseiro do coronel reformado Paulo Malhães, que morreu na semana passada em estranhas circunstâncias, por sua suposta responsabilidade no crime.
Rogério Pires admitiu ter dado informações sobre a segurança do local ao grupo que assaltou o sítio do militar em Nova Iguaçu, informou hoje a Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o delegado William Pena Júnior, chefe da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o caseiro confessou ser cúmplice no crime, e disse que dois de seus irmãos, que estão foragidos, também participaram do assalto. O delegado informou que já solicitou a detenção dos dois irmãos e que tenta identificar uma quarta pessoa que participou do assalto.
A polícia ainda não esclareceu se o coronel, que tinha de 74 anos, morreu vítima de um infarto durante o assalto, conforme indicam exames preliminares, ou se foi asfixiado.
O relato do caseiro fortalece a hipótese de que o militar morreu durante o assalto realizado por criminosos comuns. Contudo, a polícia também investiga a possibilidade dele ter sido assassinado como forma de vingança por sua atuação durante a ditadura ou para silenciar o que sabia sobre violações dos direitos humanos durante o regime militar.
Ativistas de direitos humanos manifestaram "preocupação" com morte do torturador confesso por considerar que pode ter sido motivada por sua decisão de declarar perante a Comissão da Verdade. Em seu testemunho na Comissão, em 25 de março, Malhães forneceu apavorantes detalhes sobre as atrocidades que os opositores que caíam nas mãos dos torturadores sofriam.
Conforme suas declarações, no centro de detenção conhecido como "Casa da Morte", em Petrópolis, os cadáveres de que não resistiam às torturas eram mutilados a fim de impedir a identificação.
Rogério Pires admitiu ter dado informações sobre a segurança do local ao grupo que assaltou o sítio do militar em Nova Iguaçu, informou hoje a Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o delegado William Pena Júnior, chefe da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o caseiro confessou ser cúmplice no crime, e disse que dois de seus irmãos, que estão foragidos, também participaram do assalto. O delegado informou que já solicitou a detenção dos dois irmãos e que tenta identificar uma quarta pessoa que participou do assalto.
A polícia ainda não esclareceu se o coronel, que tinha de 74 anos, morreu vítima de um infarto durante o assalto, conforme indicam exames preliminares, ou se foi asfixiado.
O relato do caseiro fortalece a hipótese de que o militar morreu durante o assalto realizado por criminosos comuns. Contudo, a polícia também investiga a possibilidade dele ter sido assassinado como forma de vingança por sua atuação durante a ditadura ou para silenciar o que sabia sobre violações dos direitos humanos durante o regime militar.
Ativistas de direitos humanos manifestaram "preocupação" com morte do torturador confesso por considerar que pode ter sido motivada por sua decisão de declarar perante a Comissão da Verdade. Em seu testemunho na Comissão, em 25 de março, Malhães forneceu apavorantes detalhes sobre as atrocidades que os opositores que caíam nas mãos dos torturadores sofriam.
Conforme suas declarações, no centro de detenção conhecido como "Casa da Morte", em Petrópolis, os cadáveres de que não resistiam às torturas eram mutilados a fim de impedir a identificação.