Otan mantém planos para retirada organizada do Afeganistão
Rafael Cañas.
Chicago (EUA.), 21 mai (EFE).- Os líderes mundiais reunidos na cúpula da Otan confirmaram nesta segunda-feira a intenção de retirar a maior parte das tropas internacionais do Afeganistão até o final de 2014, mas frisaram que a partir de 2015 será lançada uma nova missão no país, que terá como objetivo formar e assessorar as forças de segurança da nação asiática.
O Afeganistão foi o principal tema das discussões do segundo dia da cúpula. Além da retirada das tropas e da nova missão, foi debatido o financiamento do Exército afegão e a reabertura das rotas da Otan que chegam no país através do Paquistão.
Os chefes de estado concordaram em iniciar em meados de 2013 a quinta e última fase do processo de transição no Afeganistão, mas isso "não supõe uma aceleração" da saída das tropas internacionais, assegurou o secretário-geral da Aliança, o dinamarquês Anders Fogh Rasmussen.
Por via das dúvidas, o secretário-geral ressaltou que as tropas que ficarem até o final de 2014 desenvolverão missões de combate se for necessário.
"Nossa coalizão está comprometida com o plano de levar a guerra do Afeganistão a um final responsável", disse o presidente americano, Barack Obama.
Além de manter o calendário de saída, a cúpula de Chicago confirmou o lançamento de uma missão menor, sem funções de combate, a partir de 2015. "Estamos dispostos a liderar uma nova missão de formação, assessoria e assistência", indicou Rasmussen.
O anúncio do novo presidente francês, François Hollande, de que retirará suas tropas do Afeganistão até o final deste ano não estimulou outros países a fazer o mesmo. Hollande justificou a retirada das tropas francesas alegando que a ação de combate do país terminou.
O presidente afirmou que "as tropas afegãs vão assumir o controle da província de Kapisa" (onde está a maioria das tropas francesas), como parte da terceira fase de transferência da responsabilidade de segurança.
Hollande explicou que se trata de um processo natural: "há uma transição prevista. Para outros a transição já terminou e suas forças de combate foram retiradas".
A Aliança não calculou ainda quantos soldados a nova missão irá empregar, pois esse número dependerá da evolução da situação e ainda há dois anos e meio para planejar isso.
Enquanto isso, o 132 mil soldados que estão no Afeganistão irão saindo do país até o final de 2014. Já o número de integrantes das forças de segurança afegãs subirá para 350 mil.
Os EUA calcularam que faltam US$ 4,1 bilhões para completar a missão no país e financiar as tropas afegãs entre 2015 e 2018, e por isso pediu contribuições aos membros da Otan.
A cúpula não obteve sucesso para que as rotas de provisão ao Afeganistão através Paquistão, fechadas desde novembro do ano passado, sejam reabertas, mas Obama disse que foram feitos progressos neste sentido.
Nem o chefe de estado americano nem Rasmussen se reuniram em Chicago com o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, o que foi interpretado com uma retaliação calculada.
O Paquistão deve ser "parte da solução" para estabilizar o Afeganistão, disse Obama, que não deixou de reconhecer "progressos" para que o país reabra as rotas de abastecimento para as tropas da Otan.
Enquanto isso, o chefe do Pentágono, Leon Panetta, manteve uma reunião separada com os ministros de Defesa de cinco países asiáticos para assegurar que eles manterão abertas suas rotas em direção ao Afeganistão, tanto para o abastecimento das tropas como para a o processo de retirada de homens e material.
Chicago (EUA.), 21 mai (EFE).- Os líderes mundiais reunidos na cúpula da Otan confirmaram nesta segunda-feira a intenção de retirar a maior parte das tropas internacionais do Afeganistão até o final de 2014, mas frisaram que a partir de 2015 será lançada uma nova missão no país, que terá como objetivo formar e assessorar as forças de segurança da nação asiática.
O Afeganistão foi o principal tema das discussões do segundo dia da cúpula. Além da retirada das tropas e da nova missão, foi debatido o financiamento do Exército afegão e a reabertura das rotas da Otan que chegam no país através do Paquistão.
Os chefes de estado concordaram em iniciar em meados de 2013 a quinta e última fase do processo de transição no Afeganistão, mas isso "não supõe uma aceleração" da saída das tropas internacionais, assegurou o secretário-geral da Aliança, o dinamarquês Anders Fogh Rasmussen.
Por via das dúvidas, o secretário-geral ressaltou que as tropas que ficarem até o final de 2014 desenvolverão missões de combate se for necessário.
"Nossa coalizão está comprometida com o plano de levar a guerra do Afeganistão a um final responsável", disse o presidente americano, Barack Obama.
Além de manter o calendário de saída, a cúpula de Chicago confirmou o lançamento de uma missão menor, sem funções de combate, a partir de 2015. "Estamos dispostos a liderar uma nova missão de formação, assessoria e assistência", indicou Rasmussen.
O anúncio do novo presidente francês, François Hollande, de que retirará suas tropas do Afeganistão até o final deste ano não estimulou outros países a fazer o mesmo. Hollande justificou a retirada das tropas francesas alegando que a ação de combate do país terminou.
O presidente afirmou que "as tropas afegãs vão assumir o controle da província de Kapisa" (onde está a maioria das tropas francesas), como parte da terceira fase de transferência da responsabilidade de segurança.
Hollande explicou que se trata de um processo natural: "há uma transição prevista. Para outros a transição já terminou e suas forças de combate foram retiradas".
A Aliança não calculou ainda quantos soldados a nova missão irá empregar, pois esse número dependerá da evolução da situação e ainda há dois anos e meio para planejar isso.
Enquanto isso, o 132 mil soldados que estão no Afeganistão irão saindo do país até o final de 2014. Já o número de integrantes das forças de segurança afegãs subirá para 350 mil.
Os EUA calcularam que faltam US$ 4,1 bilhões para completar a missão no país e financiar as tropas afegãs entre 2015 e 2018, e por isso pediu contribuições aos membros da Otan.
A cúpula não obteve sucesso para que as rotas de provisão ao Afeganistão através Paquistão, fechadas desde novembro do ano passado, sejam reabertas, mas Obama disse que foram feitos progressos neste sentido.
Nem o chefe de estado americano nem Rasmussen se reuniram em Chicago com o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, o que foi interpretado com uma retaliação calculada.
O Paquistão deve ser "parte da solução" para estabilizar o Afeganistão, disse Obama, que não deixou de reconhecer "progressos" para que o país reabra as rotas de abastecimento para as tropas da Otan.
Enquanto isso, o chefe do Pentágono, Leon Panetta, manteve uma reunião separada com os ministros de Defesa de cinco países asiáticos para assegurar que eles manterão abertas suas rotas em direção ao Afeganistão, tanto para o abastecimento das tropas como para a o processo de retirada de homens e material.