Rio de Janeiro, 10 jun (EFE).- O advogado Marcello Alencar, que foi defensor de presos políticos durante a ditadura e foi governador, prefeito e senador pelo Rio de Janeiro, morreu na madrugada desta terça-feira aos 88 anos, após sofrer três acidentes vasculares cerebrais, informaram fontes políticas.

O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) informou em sua conta em uma rede social sobre a morte de quem qualificou como "um honrado e respeitado homem público, assim como um grande líder".

Alencar, um dos principais dirigentes do PSDB, sendo presidente do partido por duas vezes, nasceu na capital fluminense em 1925 e assumiu em 1967 como senador pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), único partido de oposição à ditadura.

Dois anos depois, foi um dos oito parlamentares que os militares cassaram e privaram de direitos políticos por dez anos.

Alencar foi nomeado prefeito do Rio de Janeiro, de 1983 a 1986 e eleito em 1989, nas primeiras eleições municipais após o fim da ditadura.

Em 1994, foi eleito governador do Rio de Janeiro, cargo em que foi um dos principais pilares do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), seu correligionário e amigo.