Presidente da Islândia pode obter quinto mandato em eleições deste sábado
Copenhague, 29 jun (EFE).- O candidato Ólafur Ragnar Grímsson é o claro favorito nas eleições presidenciais que serão realizadas neste sábado na Islândia, e caso vença, ele conquistará o seu quinto mandato, algo que nunca aconteceu nos 68 anos desde a independência do país nórdico.
As últimas pesquisas davam a ele uma vantagem de quase sete pontos à frente ao seu principal rival, a jornalista Thóra Arnórsdóttir, enquanto os outros quatro candidatos não têm possibilidades reais de superar o veterano presidente, que soube reverter uma situação inicialmente adversa.
Há um mês era Thóra Arnórsdóttir que liderava as pesquisas, mas Ólafur Ragnar Grímsson iniciou uma tática agressiva que o permitiu ditar os temas discutidos na campanha, centrada na entrada do país na União Europeia (UE) e na reforma do sistema de cotas de pesca, questões mais relacionadas às eleições legislativas.
O papel do presidente na Islândia é parecido ao de um rei numa monarquia parlamentar, mas o atual chefe de Estado conseguiu um maior protagonismo, sobretudo quando usou o direito ao veto para forçar a realização de dois referendos, em 2010 e 2011, sobre um acordo para indenizar poupadores estrangeiros do banco Icesave.
As leis foram rechaçadas nas consultas populares e isso o permitiu se apresentar como um defensor do país frente aos interesses internacionais, apesar de já ter desempenhado um papel ativo no apoio aos milionários que levaram o país à beira do colapso.
Grímsson, que inicialmente disse que não buscaria a reeleição, voltou a mostrar sua habilidade política ao trazer o ingresso na UE para o debate, tema delicado num país que negocia sua entrada em Bruxelas, mas no qual a população é em sua maioria contra este medida por medo de perder independência e ceder recursos pesqueiros.
Assim, mais uma vez ele surgiu como defensor dos interesses da Islândia, ignorando as críticas de seus adversários por exceder suas funções e politizar o papel do presidente.
Com seu ataque frontal a Thóra, a quem acusa de ser uma marionete da primeira-ministra, a social-democrata Jóhanna Sigurdardóttir, ele tentou atrair os eleitores conservadores e aproveitar a impopularidade crescente do governo, embora ele próprio seja originário da centro-esquerda.
Thóra Arnórsdóttir optou por não responder aos ataques, em parte porque deu à luz ao seu terceiro filho, em maio, mas também como resultado de uma estratégia de se manter alheia às críticas, como fez o Melhor Partido, formação do humorista Jón Gnarr, para conquistar a Prefeitura de Reykjavik há dois anos
Sua queda nas pesquisas, no entanto, mostrou que a tática parece não ter sido a mais acertada nesta ocasião.
Frente à figura de líder experiente e patriota de Ólafur Ragnar Grímsson, que além disso conta com uma base eleitoral sólida e um forte apoio econômico, Thóra Arnórsdóttir se apresentou como a imagem da renovação e da ascensão das mulheres em uma cultura machista que alguns associam à crise econômica.
Suas tentativas de trazer outros temas para a campanha, evitando se pronunciar de forma categórica sobre a UE, não apagaram a ideia de que ela é candidata de um governo nascido após protestos populares, mas que foi perdendo força de forma gradativa apesar do país começar a sair da crise antes do esperado.
As últimas pesquisas davam a ele uma vantagem de quase sete pontos à frente ao seu principal rival, a jornalista Thóra Arnórsdóttir, enquanto os outros quatro candidatos não têm possibilidades reais de superar o veterano presidente, que soube reverter uma situação inicialmente adversa.
Há um mês era Thóra Arnórsdóttir que liderava as pesquisas, mas Ólafur Ragnar Grímsson iniciou uma tática agressiva que o permitiu ditar os temas discutidos na campanha, centrada na entrada do país na União Europeia (UE) e na reforma do sistema de cotas de pesca, questões mais relacionadas às eleições legislativas.
O papel do presidente na Islândia é parecido ao de um rei numa monarquia parlamentar, mas o atual chefe de Estado conseguiu um maior protagonismo, sobretudo quando usou o direito ao veto para forçar a realização de dois referendos, em 2010 e 2011, sobre um acordo para indenizar poupadores estrangeiros do banco Icesave.
As leis foram rechaçadas nas consultas populares e isso o permitiu se apresentar como um defensor do país frente aos interesses internacionais, apesar de já ter desempenhado um papel ativo no apoio aos milionários que levaram o país à beira do colapso.
Grímsson, que inicialmente disse que não buscaria a reeleição, voltou a mostrar sua habilidade política ao trazer o ingresso na UE para o debate, tema delicado num país que negocia sua entrada em Bruxelas, mas no qual a população é em sua maioria contra este medida por medo de perder independência e ceder recursos pesqueiros.
Assim, mais uma vez ele surgiu como defensor dos interesses da Islândia, ignorando as críticas de seus adversários por exceder suas funções e politizar o papel do presidente.
Com seu ataque frontal a Thóra, a quem acusa de ser uma marionete da primeira-ministra, a social-democrata Jóhanna Sigurdardóttir, ele tentou atrair os eleitores conservadores e aproveitar a impopularidade crescente do governo, embora ele próprio seja originário da centro-esquerda.
Thóra Arnórsdóttir optou por não responder aos ataques, em parte porque deu à luz ao seu terceiro filho, em maio, mas também como resultado de uma estratégia de se manter alheia às críticas, como fez o Melhor Partido, formação do humorista Jón Gnarr, para conquistar a Prefeitura de Reykjavik há dois anos
Sua queda nas pesquisas, no entanto, mostrou que a tática parece não ter sido a mais acertada nesta ocasião.
Frente à figura de líder experiente e patriota de Ólafur Ragnar Grímsson, que além disso conta com uma base eleitoral sólida e um forte apoio econômico, Thóra Arnórsdóttir se apresentou como a imagem da renovação e da ascensão das mulheres em uma cultura machista que alguns associam à crise econômica.
Suas tentativas de trazer outros temas para a campanha, evitando se pronunciar de forma categórica sobre a UE, não apagaram a ideia de que ela é candidata de um governo nascido após protestos populares, mas que foi perdendo força de forma gradativa apesar do país começar a sair da crise antes do esperado.