Parlamento do Iraque inicia trabalhos enquanto cresce a pressão jihadista
Bagdá, 1 jul (EFE).- O Iraque viu iniciar seus trabalhos nesta terça-feira o Parlamento que fracassou em escolher seus principais representantes pela falta de consenso político, enquanto os jihadistas seguiram pressionando no terreno e pediram aos muçulmanos que emigrem ao novo "califado".
Em sua primeira sessão, o Parlamento foi incapaz de escolher o presidente e os vice-presidentes da Câmara por falta de quórum e consenso entre os deputados.
O parlamentar mais velho, Mahdi al Hafez, presidiu a sessão e anunciou que será dada uma semana de margem aos blocos políticos, até 8 de julho, para a segunda reunião.
Em princípio participaram 255 dos 328 deputados, completando o quórum legal, mas, após o intervalo para realizar consultas, apenas 75 voltaram.
Os deputados, eleitos no pleito de abril, comprovaram assim a forte divisão política do país.
Quando o Parlamento escolher seus líderes, terá 30 dias para eleger o presidente da República, que deve encarregar a formação do governo ao principal bloco.
A coalizão Estado de Direito, do primeiro-ministro, o xiita Nouri al-Maliki, foi a força mais votada nas legislativas, embora careça da maioria necessária para governar sozinho.
O atual chefe de governo insiste em manter seu posto, apesar das pressões de várias forças, que reivindicam um governo de união nacional.
Essas divergências coincidem com um avanço no território iraquiano dos grupos insurgentes, principalmente no norte e oeste do país, onde tomaram no último dia 10 de junho a cidade de Mossul.
O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, exigiu hoje aos muçulmanos de todo o mundo que cumpram seu "dever" e emigrem ao "califado islâmico" que esse grupo extremista declarou no domingo passado entre a província síria de Aleppo e a iraquiana de Diyala.
Em discurso por ocasião do mês sagrado do Ramadã, Baghdadi afirmou que esse território "pertence a todos os muçulmanos" e não só ao Iraque e à Síria.
A esse respeito, fez uma chamada especial aos estudantes de religião, pregadores, ulemás, juízes, engenheiros, médicos e outros especialistas para que se unam a eles.
O dirigente jihadista prometeu "devolver o orgulho aos muçulmanos com o novo estado" e vingar-se das supostas violações cometidas contra os seguidores do islã no mundo.
Considerado uma cisão radicalizada da Al Qaeda, o Estado Islâmico está lutando junto a outros grupos terroristas contra as tropas governamentais no Iraque e pôs em alerta os demais países da região.
Apenas em junho, as vítimas por violência no Iraque aumentaram drasticamente até 2.417 mortos (1.531 deles, civis) e 2.287 feridos, frente aos 800 mortos de maio, segundo a ONU.
Pelo menos 470 pessoas morreram na província de Ninawa (norte) e 365 na de Saladino (ao norte de Bagdá), duas das zonas mais afetadas pelos combates.
Em Saladino, pelo menos 20 pessoas ficaram feridas hoje em um ataque perto de um grande mausoléu xiita, o dos imames Al Askariyin Al Hadi e Al-Hassan, na cidade de Samarra.
Nessa mesma província, o exército está tentando recuperar o controle de sua capital, Tikrit, e outras áreas sob o domínio dos jihadistas.
A salvo dos enfrentamentos está por enquanto o Curdistão iraquiano, cujo presidente, Massoud Barzani, assegurou à emissora britânica "BBC" que tem planos de realizar em poucos meses um referendo sobre a independência dessa região autônoma após a "divisão" do Iraque.
Perante a aproximação dos insurgentes a Bagdá, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou ontem o envio de 300 militares, além de helicópteros e aviões não tripulados, para aumentar a segurança na embaixada americana e no aeroporto da capital.
Por sua parte, o Iraque confirmou que começou a empregar os cinco caças-bombardeiros russos - modelo Sukhoi 25 - para sobrevoar Bagdá, informaram à Agência Efe fontes militares.
Enquanto Moscou entregou esses aviões para ajudar o exército iraquiano a recuperar parte do terreno perdido com os insurgentes, o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, decidiu doar US$ 500 milhões em ajuda humanitária para os deslocados iraquianos.
Em sua primeira sessão, o Parlamento foi incapaz de escolher o presidente e os vice-presidentes da Câmara por falta de quórum e consenso entre os deputados.
O parlamentar mais velho, Mahdi al Hafez, presidiu a sessão e anunciou que será dada uma semana de margem aos blocos políticos, até 8 de julho, para a segunda reunião.
Em princípio participaram 255 dos 328 deputados, completando o quórum legal, mas, após o intervalo para realizar consultas, apenas 75 voltaram.
Os deputados, eleitos no pleito de abril, comprovaram assim a forte divisão política do país.
Quando o Parlamento escolher seus líderes, terá 30 dias para eleger o presidente da República, que deve encarregar a formação do governo ao principal bloco.
A coalizão Estado de Direito, do primeiro-ministro, o xiita Nouri al-Maliki, foi a força mais votada nas legislativas, embora careça da maioria necessária para governar sozinho.
O atual chefe de governo insiste em manter seu posto, apesar das pressões de várias forças, que reivindicam um governo de união nacional.
Essas divergências coincidem com um avanço no território iraquiano dos grupos insurgentes, principalmente no norte e oeste do país, onde tomaram no último dia 10 de junho a cidade de Mossul.
O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, exigiu hoje aos muçulmanos de todo o mundo que cumpram seu "dever" e emigrem ao "califado islâmico" que esse grupo extremista declarou no domingo passado entre a província síria de Aleppo e a iraquiana de Diyala.
Em discurso por ocasião do mês sagrado do Ramadã, Baghdadi afirmou que esse território "pertence a todos os muçulmanos" e não só ao Iraque e à Síria.
A esse respeito, fez uma chamada especial aos estudantes de religião, pregadores, ulemás, juízes, engenheiros, médicos e outros especialistas para que se unam a eles.
O dirigente jihadista prometeu "devolver o orgulho aos muçulmanos com o novo estado" e vingar-se das supostas violações cometidas contra os seguidores do islã no mundo.
Considerado uma cisão radicalizada da Al Qaeda, o Estado Islâmico está lutando junto a outros grupos terroristas contra as tropas governamentais no Iraque e pôs em alerta os demais países da região.
Apenas em junho, as vítimas por violência no Iraque aumentaram drasticamente até 2.417 mortos (1.531 deles, civis) e 2.287 feridos, frente aos 800 mortos de maio, segundo a ONU.
Pelo menos 470 pessoas morreram na província de Ninawa (norte) e 365 na de Saladino (ao norte de Bagdá), duas das zonas mais afetadas pelos combates.
Em Saladino, pelo menos 20 pessoas ficaram feridas hoje em um ataque perto de um grande mausoléu xiita, o dos imames Al Askariyin Al Hadi e Al-Hassan, na cidade de Samarra.
Nessa mesma província, o exército está tentando recuperar o controle de sua capital, Tikrit, e outras áreas sob o domínio dos jihadistas.
A salvo dos enfrentamentos está por enquanto o Curdistão iraquiano, cujo presidente, Massoud Barzani, assegurou à emissora britânica "BBC" que tem planos de realizar em poucos meses um referendo sobre a independência dessa região autônoma após a "divisão" do Iraque.
Perante a aproximação dos insurgentes a Bagdá, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou ontem o envio de 300 militares, além de helicópteros e aviões não tripulados, para aumentar a segurança na embaixada americana e no aeroporto da capital.
Por sua parte, o Iraque confirmou que começou a empregar os cinco caças-bombardeiros russos - modelo Sukhoi 25 - para sobrevoar Bagdá, informaram à Agência Efe fontes militares.
Enquanto Moscou entregou esses aviões para ajudar o exército iraquiano a recuperar parte do terreno perdido com os insurgentes, o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, decidiu doar US$ 500 milhões em ajuda humanitária para os deslocados iraquianos.
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