Índia convoca diplomata dos Estados Unidos por escutas da NSA

Cidade do México

  • Mario Vazquez/AFP

    Segundo o Instituto Eleitoral mexicano, o candidato Peña Nieto ganhou as eleições presidenciais do país

    Segundo o Instituto Eleitoral mexicano, o candidato Peña Nieto ganhou as eleições presidenciais do país

Nova Délhi, 2 jul (EFE).- A Índia convocou nesta quarta-feira um diplomata dos EUA em Nova Délhi para protestar pelas supostas escutas da Agência Nacional de Segurança (NSA) ao partido governamental Bharatiya Janata Party (BJP), informaram os meios de comunicação locais.

Um tribunal dos EUA permitiu que a NSA espionasse o BJP em 2010, que estava então na oposição e que hoje governa o gigante asiático, segundo documentos filtrados pelo ex-analista da CIA Edward Snowden e divulgados na segunda-feira pelo jornal "The Washington Post".

"Queremos garantias de que não voltará a acontecer de novo", disse uma fonte anônima do Ministério das Relações Exteriores indiano ao canal de televisão "NDTV".

Os Estados Unidos não contam neste momento com um embaixador na Índia, após a renúncia da embaixadora Nancy Powell em março.

Trata-se da terceira ocasião na qual a Índia protesta perante Washington por supostas escutas, depois que em julho e novembro do ano passado foi revelado que a NSA tinha espionado companhias e pessoas do país asiático.

No entanto, a Índia ainda "espera uma resposta dos Estados Unidos com relação às escutas", de acordo com a fonte anônima.

Além do BJP, a NSA recebeu permissão judicial para investigar cinco organizações políticas estrangeiras a mais, entre elas o Partido Popular do Paquistão, agora na oposição, e a Irmandade Muçulmana do Egito, de acordo com o "The Washington Post".

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que ganhou as eleições gerais de maio, manteve uma complicada relação com os Estados Unidos depois que este país negou um visto em 2005, pelo massacre de mil muçulmanos no estado de Gujarat em 2002.

Após jurar o cargo, Modi aceitou um convite do presidente americano, Barack Obama, para comparecer a Washington em setembro. EFE

jlr/ff

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