Países árabes realizam esforços para que Israel e Hamas pactuem uma trégua
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Arif Ali/AFP
Equipes de resgate carregam corpo de policial morto em ataque no Paquistão, nesta quinta-feira (12)
Assim indicam neste sábado os meios de comunicação israelenses, que precisaram que o documento foi apresentado às duas partes em conflito que estariam analisando, apesar de, a princípio, existirem reservas para sua aceitação.
De acordo com o "Canal 10" da televisão israelense, várias vozes no mundo árabe estão redobrando seus esforços para que israelenses e palestinos anunciem uma cessação das hostilidades, com condições que incluem o fim do bloqueio israelense e que o perímetro que Israel mantém como zona de segurança em torno da Faixa de Gaza seja reduzido.
O canal precisou que os países que lideram esta iniciativa são Egito e Catar, este último onde vive na atualidade o chefe político do Hamas no exílio, Khaled Meshaal.
O meio eletrônico "Ynet" afirma por sua parte que o documento recolhe a reivindicação do Hamas de que Israel liberte 56 presos que tinham sido libertados no marco de uma troca de prisioneiros em 2011 e recentemente foram detidos por forças israelenses na Cisjordânia.
"Ynet" acrescenta que até última hora da manhã de hoje o movimento islamita palestino tinha rejeitado estudar a última tentativa de cessar-fogo, e que Israel transmitiu aos autores da iniciativa que, a princípio, ia analisar os detalhes da mesma.
Outro acordo de cessar-fogo similar apresentado dias perante do início da ofensiva "Limite Protetor" há cinco dias, ficou em papel molhado.
O braço armado do Hamas, as "Brigadas de Ezedin al-Qassam", apresentou esta semana uma série de reivindicações para restaurar a calma na zona.
Entre elas, figuravam o fim das agressões israelenses em Jerusalém Oriental, Cisjordânia e a Faixa de Gaza, a libertação dos prisioneiros palestinos que recentemente voltaram a ser detidos, e o compromisso com todos os termos do cessar-fogo alcançado em 2012 após a operação 'Pilar Defensivo'.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou na quarta-feira que não figurava em sua agenda "um cessar-fogo".
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, dialogou com ambas as partes para se oferecer como mediador nos esforços para negociar uma trégua, por intermediação de países como o Egito e Catar, pois da mesma forma que a UE, Washington considera o Hamas "organização terrorista" e não mantém contatos diretos com ela.
Os ministros árabes de Relações Exteriores manterão na próxima segunda-feira uma reunião extraordinária para analisar a ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, que até o momento deixou 118 mortos e mais de 900 feridos.