Observadores da ONU entram em Tremseh e avaliam último massacre na Síria
Cairo, 14 jul (EFE).- Observadores da ONU conseguiram neste sábado entrar na cidade síria de Tremseh para investigar o massacre ocorrido na quinta-feira no local, que gerou repúdio internacional, enquanto a violência persiste no país.
Três veículos de observadores da ONU partiram de Damasco nesta manhã, uniram-se à equipe da província de Hama, onde fica Tremseh, e se foram juntos à cidade.
Fontes das Nações Unidas relataram à Agência Efe que os membros da missão esperaram na entrada da aldeia até que, após intensas negociações com as partes em conflito, finalmente entraram no lugar.
Um dos motivos da demora é que os observadores chegaram acompanhados de forças do exército sírio e os moradores resistiram a permitir a entrada os militares, que no fim das negociações ficaram do lado de fora, segundo as fontes.
Os observadores investigaram durante algumas horas o que aconteceu em Tremseh e depois retornaram à cidade de Hama.
Os opositores já haviam denunciado a morte de mais de 200 pessoas pelas mãos das forças que apoiam o regime sírio, enquanto as Forças Armadas sírias sustentaram que a ofensiva teve como alvo supostos grupos terroristas que teriam atacado a população local.
O chefe da missão de observadores, general Robert Mood, anunciou ontem em Damasco que estavam preparados para entrar na cidade sempre que houver um cessar-fogo local, embora suas operações para supervisionar a situação no país estejam suspensas desde meados de junho.
Mood confirmou que tanques e helicópteros tinham sido enviados a Tremseh, o que vai contra o plano de paz do mediador internacional Kofi Annan, que exige a retirada militar das localidades e o fim da violência, entre outros pontos.
O massacre de Tremseh se soma a outros, como o que aconteceu em maio, na aldeia de Houla, onde morreram ao menos 165 pessoas. Embora vários países e organismos internacionais condenem os episódios ocorridos nos últimos meses, o conflito continua sem tréguas na Síria.
Somente hoje, pelo menos 30 de pessoas morreram no país, segundo os militantes Comitês de Coordenação Local e o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Os grupos informaram a morte de várias pessoas na explosão de um carro-bomba contra um quartel militar na cidade de Mahrada, em Hama, que segundo a agência oficial de notícias Sana foi obra de um suicida.
As tropas seguiram bombardeando localidades como Jirbet Gazaleh, Homs e Al-Rastan, e os arredores de Damasco, segundo os Comitês, que apontaram que três crianças morreram em uma explosão de uma escola em Hama.
Além disso, foram registrados confrontos entre as forças do regime e os rebeldes na província de Aleppo nos quais morreram pelo menos seis pessoas, acrescentou o Observatório.
Para analisar o aumento da violência na Síria e o massacre de Tremseh, o grupo de contato para a Síria da Liga Árabe realizará uma reunião extraordinária em 22 de julho em Doha.
No Cairo, vários grupos da oposição síria se reúnem hoje e amanhã para avançar em seu projeto de transição, previsto no caso da queda do presidente sírio, Bashar al Assad.
O porta-voz do Conselho de Coordenação Nacional (principal grupo de oposição interna), Khalaf Dahud, afirmou à Efe que serão estudados os detalhes do "roteiro" que os opositores definiram em 3 de julho em uma conferência apoiada pela Liga Árabe na capital egípcia.
O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal plataforma opositora no exterior, disse, no entanto, que não participará oficialmente do encontro.
Apesar das tentativas de unidade de resistência, persistem as diferenças em relação à solução para acabar com a violência: enquanto o CNS defende uma intervenção militar estrangeira para forçar a saída de Assad, a oposição interna prefere uma solução política ao conflito, que já causou mais de 11 mil mortes desde março de 2011.
Três veículos de observadores da ONU partiram de Damasco nesta manhã, uniram-se à equipe da província de Hama, onde fica Tremseh, e se foram juntos à cidade.
Fontes das Nações Unidas relataram à Agência Efe que os membros da missão esperaram na entrada da aldeia até que, após intensas negociações com as partes em conflito, finalmente entraram no lugar.
Um dos motivos da demora é que os observadores chegaram acompanhados de forças do exército sírio e os moradores resistiram a permitir a entrada os militares, que no fim das negociações ficaram do lado de fora, segundo as fontes.
Os observadores investigaram durante algumas horas o que aconteceu em Tremseh e depois retornaram à cidade de Hama.
Os opositores já haviam denunciado a morte de mais de 200 pessoas pelas mãos das forças que apoiam o regime sírio, enquanto as Forças Armadas sírias sustentaram que a ofensiva teve como alvo supostos grupos terroristas que teriam atacado a população local.
O chefe da missão de observadores, general Robert Mood, anunciou ontem em Damasco que estavam preparados para entrar na cidade sempre que houver um cessar-fogo local, embora suas operações para supervisionar a situação no país estejam suspensas desde meados de junho.
Mood confirmou que tanques e helicópteros tinham sido enviados a Tremseh, o que vai contra o plano de paz do mediador internacional Kofi Annan, que exige a retirada militar das localidades e o fim da violência, entre outros pontos.
O massacre de Tremseh se soma a outros, como o que aconteceu em maio, na aldeia de Houla, onde morreram ao menos 165 pessoas. Embora vários países e organismos internacionais condenem os episódios ocorridos nos últimos meses, o conflito continua sem tréguas na Síria.
Somente hoje, pelo menos 30 de pessoas morreram no país, segundo os militantes Comitês de Coordenação Local e o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Os grupos informaram a morte de várias pessoas na explosão de um carro-bomba contra um quartel militar na cidade de Mahrada, em Hama, que segundo a agência oficial de notícias Sana foi obra de um suicida.
As tropas seguiram bombardeando localidades como Jirbet Gazaleh, Homs e Al-Rastan, e os arredores de Damasco, segundo os Comitês, que apontaram que três crianças morreram em uma explosão de uma escola em Hama.
Além disso, foram registrados confrontos entre as forças do regime e os rebeldes na província de Aleppo nos quais morreram pelo menos seis pessoas, acrescentou o Observatório.
Para analisar o aumento da violência na Síria e o massacre de Tremseh, o grupo de contato para a Síria da Liga Árabe realizará uma reunião extraordinária em 22 de julho em Doha.
No Cairo, vários grupos da oposição síria se reúnem hoje e amanhã para avançar em seu projeto de transição, previsto no caso da queda do presidente sírio, Bashar al Assad.
O porta-voz do Conselho de Coordenação Nacional (principal grupo de oposição interna), Khalaf Dahud, afirmou à Efe que serão estudados os detalhes do "roteiro" que os opositores definiram em 3 de julho em uma conferência apoiada pela Liga Árabe na capital egípcia.
O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal plataforma opositora no exterior, disse, no entanto, que não participará oficialmente do encontro.
Apesar das tentativas de unidade de resistência, persistem as diferenças em relação à solução para acabar com a violência: enquanto o CNS defende uma intervenção militar estrangeira para forçar a saída de Assad, a oposição interna prefere uma solução política ao conflito, que já causou mais de 11 mil mortes desde março de 2011.