Correa diz que tomará decisão "soberana" sobre asilo a Julian Assange

Quito, 21 jul (EFE).- O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou neste sábado que tomará uma decisão "soberana" sobre o pedido de asilo do fundador de Wikileaks, o australiano Julian Assange, que vazou documentos diplomáticos americanos, o que desagradou vários governos do mundo e principalmente os Estados Unidos.

"Vamos tratar a questão Julian Assange com muita seriedade", disse o líder, que acrescentou que demorará o tempo que for necessário para tomar uma decisão. Assange buscou refúgio na embaixada equatoriana em Londres há cerca de um mês.

Correa reiterou também que fará as consultas que forem necessárias e que dialogará com quem quer que seja sobre o caso, mas ressaltou que seu governo tomará "uma decisão absolutamente solidária, soberana, sob a luz dos princípios humanistas que iluminam nossa revolução, que iluminam nossa Constituição".

O fundador de Wikileaks alegou que é perseguido para solicitar asilo no Equador, assim como para evitar uma extradição para a Suécia, onde é acusado de abuso sexual e estupro.

Assange nega os crimes, assegura que as relações que manteve com duas mulheres em Estocolmo no verão de 2010 foram consentidas e que as acusações têm motivações políticas.

As autoridades equatorianas também levam em consideração o risco de Assange ser extraditado para os EUA, onde poderia ser julgado e condenado à morte.

O Wikileaks divulgou desde 2010 milhares de documentos diplomáticos confidenciais que revelaram métodos e práticas questionáveis de muitos governos, especialmente dos Estados Unidos. EFE

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