Annan renuncia por impossibilidade de conseguir acordo político na Síria
Genebra, 2 ago (EFE).- O diplomata Kofi Annan afirmou nesta quinta-feira que sua decisão de renunciar como enviado especial da ONU para a Síria se deve ao fato de ser "impossível" para ele ou "para qualquer outra pessoa" dar os passos necessários que permitam um acordo político que ponha um fim ao conflito no país árabe.
"É impossível para mim ou para qualquer outra pessoa convencer o governo e a oposição a dar os passos necessários para abrir um processo político", disse Annan em entrevista coletiva em Genebra, na qual voltou a denunciar a falta de unidade na comunidade internacional para pôr fim a 17 meses de conflito armado.
"Por esta razão, informei ao secretário-geral da ONU (Ban Ki-moon) que não tenho intenção de manter minha missão quando ela terminar, no final de agosto", explicou.
Annan disse considerar, no entanto, que a "Síria ainda pode ser salva da pior das calamidades", embora para isso dependa que "a comunidade internacional mostre a liderança necessária".
"Não recebi todo o apoio que a causa precisava (...). Existe divisão entre a comunidade internacional, e isso é algo que não facilita a tarefa do mediador", lamentou o ex-secretário-geral da ONU, que assegurou que continuará trabalhando em Genebra até 31 de agosto.
Cinco meses após aceitar a missão mediadora por incumbência da ONU e da Liga Árabe, Annan se despediu lendo uma declaração na qual explicou que aceitou assumir "o que alguns chamaram de 'missão impossível", porque era "um dever sagrado fazer o que pudéssemos para ajudar o povo sírio a encontrar uma solução".
"A severidade e o custo humanitário do conflito, assim como a excepcional ameaça que representava para a paz e a segurança internacional justificaram os esforços para buscar uma transição política, por mais difícil que fosse o desafio", declarou.
A crescente militarização de cidades sírias e a falta de unidade da comunidade internacional, representada pela falta de unanimidade no Conselho de Segurança da ONU, são os elementos principais que o levaram a tomar a decisão de renunciar.
Annan foi especialmente crítico com os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Rússia, EUA, França e Reino Unido), aos quais acusou de "trocar acusações quando era preciso agir".
O diplomata afirmou que "o derramamento de sangue continuará" na Síria, e o atribuiu em primeiro lugar "à intransigência do governo sírio", e em segundo lugar "à escalada da campanha militar da oposição, unida à divisão internacional".
Além disso, insistiu que seu plano de paz apresentado em abril, que inclui um cessar-fogo e o estabelecimento de um processo de transição política através de um governo de união nacional, "continua aberto", mas acrescentou que agora o Conselho de Segurança é que terá que assumí-lo como próprio.
"É impossível para mim ou para qualquer outra pessoa convencer o governo e a oposição a dar os passos necessários para abrir um processo político", disse Annan em entrevista coletiva em Genebra, na qual voltou a denunciar a falta de unidade na comunidade internacional para pôr fim a 17 meses de conflito armado.
"Por esta razão, informei ao secretário-geral da ONU (Ban Ki-moon) que não tenho intenção de manter minha missão quando ela terminar, no final de agosto", explicou.
Annan disse considerar, no entanto, que a "Síria ainda pode ser salva da pior das calamidades", embora para isso dependa que "a comunidade internacional mostre a liderança necessária".
"Não recebi todo o apoio que a causa precisava (...). Existe divisão entre a comunidade internacional, e isso é algo que não facilita a tarefa do mediador", lamentou o ex-secretário-geral da ONU, que assegurou que continuará trabalhando em Genebra até 31 de agosto.
Cinco meses após aceitar a missão mediadora por incumbência da ONU e da Liga Árabe, Annan se despediu lendo uma declaração na qual explicou que aceitou assumir "o que alguns chamaram de 'missão impossível", porque era "um dever sagrado fazer o que pudéssemos para ajudar o povo sírio a encontrar uma solução".
"A severidade e o custo humanitário do conflito, assim como a excepcional ameaça que representava para a paz e a segurança internacional justificaram os esforços para buscar uma transição política, por mais difícil que fosse o desafio", declarou.
A crescente militarização de cidades sírias e a falta de unidade da comunidade internacional, representada pela falta de unanimidade no Conselho de Segurança da ONU, são os elementos principais que o levaram a tomar a decisão de renunciar.
Annan foi especialmente crítico com os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Rússia, EUA, França e Reino Unido), aos quais acusou de "trocar acusações quando era preciso agir".
O diplomata afirmou que "o derramamento de sangue continuará" na Síria, e o atribuiu em primeiro lugar "à intransigência do governo sírio", e em segundo lugar "à escalada da campanha militar da oposição, unida à divisão internacional".
Além disso, insistiu que seu plano de paz apresentado em abril, que inclui um cessar-fogo e o estabelecimento de um processo de transição política através de um governo de união nacional, "continua aberto", mas acrescentou que agora o Conselho de Segurança é que terá que assumí-lo como próprio.