Comissão Europeia pede acordo de ajuda humanitária para população síria
Bruxelas, 22 ago (EFE).- A Comissão Europeia alertou nesta quarta-feira que a situação humanitária na Síria tem se deteriorado rapidamente nas últimas semanas e pediu que a comunidade internacional se una para ajudar a população do país.
"Embora a ação humanitária não seja a solução para o conflito, não pode ser refém das diferenças políticas", disse a comissária de Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva.
Bruxelas espera que o Conselho de Segurança da ONU, que se reunirá no dia 30 de agosto, trate da recente "piora" da situação na Síria e das dificuldades que as organizações internacionais encontram para ajudar a população.
Kristalina insistiu na "necessidade da comunidade internacional se unir" e pressionar tanto o governo sírio como a oposição para que os ataques a civis sejam interrompidos e o trabalho das agências humanitárias seja facilitado.
Segundo a comissária, cerca de 2,5 milhões de pessoas necessitam de ajuda na Síria.
A Comissão, por enquanto, insiste que a melhor solução é ampliar o acesso das organizações internacionais ao território sírio e que, por exemplo, os opositores concordem com tréguas temporárias para permitir o atendimento de feridos.
Caso o pedido seja negado, outras alternativas, como o estabelecimento de corredores humanitários e de áreas protegidas dentro do país, poderiam ser postas em práticas, mas são praticamente descartadas por Bruxelas.
A primeira delas, segundo Kristalina, tem muitos inconvenientes no caso da Síria, com um conflito disseminado por todo o país. A segunda está sendo sugerida pela Turquia, e necessitaria de três condições que parecem muito difícil: um apoio unânime do Conselho de Segurança para intervir, a certeza de que essa zona segura só seja usada para fins humanitários e uma proteção militar internacional da área. "Se essas condições não forem cumpridas, pode ser mais um risco do que uma solução", assegurou.
Por isso, a Europa pressionará para que seja alcançado um consenso internacional que permita um melhor acesso das agências humanitárias e um maior respeito ao seu trabalho.
Na terça-feira, várias organizações internacionais, como Save the Children e Refugees International, pediram à ONU um acordo com as autoridades sírias para garantir a entrada de ajuda humanitária ao país. "Sabemos que podemos fazer mais", reconheceu Kristalina.
O problema dos deslocados internos e, especialmente, dos refugiados nos países vizinhos também preocupa a Comissão.
Segundo a comissária, nas últimas semanas houve um "crescimento exponencial" na fuga de sírios do país, algo que responde aos combates nas duas principais cidades do país, Damasco e Aleppo. "Já não há zonas seguras na Síria e o povo foge", explicou.
Segundo os últimos dados de Bruxelas, há mais de 61 mil refugiados na Turquia, quase 47 mil na Jordânia e cerca de 37 mil no Líbano. Além deles, existem outros milhares de refugiados que não foram registrados e mais de um milhão de deslocados no interior do país.
O problema na Síria se agrava, segundo a Comissão, pela instabilidade que os movimentos podem criar em outros países. "No Líbano, já se nota a desestabilização", advertiu Kristalina.
A União Europeia também preparou planos de contingência perante uma possível chegada em massa de refugiados às fronteiras de países como a Grécia e especialmente o Chipre, segundo fontes comunitárias.
Além disso, o bloco prepara novas linhas de financiamento para apoiar a Síria em caso de melhora do acesso humanitário ao país. Até agora, os 27 países do bloco enviaram 146 milhões de euros (R$ 367,1 milhões) para melhor a situação do país, procedentes tanto dos cofres comunitárias como dos nacionais.
"Embora a ação humanitária não seja a solução para o conflito, não pode ser refém das diferenças políticas", disse a comissária de Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva.
Bruxelas espera que o Conselho de Segurança da ONU, que se reunirá no dia 30 de agosto, trate da recente "piora" da situação na Síria e das dificuldades que as organizações internacionais encontram para ajudar a população.
Kristalina insistiu na "necessidade da comunidade internacional se unir" e pressionar tanto o governo sírio como a oposição para que os ataques a civis sejam interrompidos e o trabalho das agências humanitárias seja facilitado.
Segundo a comissária, cerca de 2,5 milhões de pessoas necessitam de ajuda na Síria.
A Comissão, por enquanto, insiste que a melhor solução é ampliar o acesso das organizações internacionais ao território sírio e que, por exemplo, os opositores concordem com tréguas temporárias para permitir o atendimento de feridos.
Caso o pedido seja negado, outras alternativas, como o estabelecimento de corredores humanitários e de áreas protegidas dentro do país, poderiam ser postas em práticas, mas são praticamente descartadas por Bruxelas.
A primeira delas, segundo Kristalina, tem muitos inconvenientes no caso da Síria, com um conflito disseminado por todo o país. A segunda está sendo sugerida pela Turquia, e necessitaria de três condições que parecem muito difícil: um apoio unânime do Conselho de Segurança para intervir, a certeza de que essa zona segura só seja usada para fins humanitários e uma proteção militar internacional da área. "Se essas condições não forem cumpridas, pode ser mais um risco do que uma solução", assegurou.
Por isso, a Europa pressionará para que seja alcançado um consenso internacional que permita um melhor acesso das agências humanitárias e um maior respeito ao seu trabalho.
Na terça-feira, várias organizações internacionais, como Save the Children e Refugees International, pediram à ONU um acordo com as autoridades sírias para garantir a entrada de ajuda humanitária ao país. "Sabemos que podemos fazer mais", reconheceu Kristalina.
O problema dos deslocados internos e, especialmente, dos refugiados nos países vizinhos também preocupa a Comissão.
Segundo a comissária, nas últimas semanas houve um "crescimento exponencial" na fuga de sírios do país, algo que responde aos combates nas duas principais cidades do país, Damasco e Aleppo. "Já não há zonas seguras na Síria e o povo foge", explicou.
Segundo os últimos dados de Bruxelas, há mais de 61 mil refugiados na Turquia, quase 47 mil na Jordânia e cerca de 37 mil no Líbano. Além deles, existem outros milhares de refugiados que não foram registrados e mais de um milhão de deslocados no interior do país.
O problema na Síria se agrava, segundo a Comissão, pela instabilidade que os movimentos podem criar em outros países. "No Líbano, já se nota a desestabilização", advertiu Kristalina.
A União Europeia também preparou planos de contingência perante uma possível chegada em massa de refugiados às fronteiras de países como a Grécia e especialmente o Chipre, segundo fontes comunitárias.
Além disso, o bloco prepara novas linhas de financiamento para apoiar a Síria em caso de melhora do acesso humanitário ao país. Até agora, os 27 países do bloco enviaram 146 milhões de euros (R$ 367,1 milhões) para melhor a situação do país, procedentes tanto dos cofres comunitárias como dos nacionais.