Lula é ovacionado no México durante 1ª viagem internacional após câncer
México, 21 set (EFE).- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou nesta sexta-feira para milhares de universitários mexicanos, brincando e pedindo que participem mais na política de seu país.
"Este é um momento especial para mim porque é a primeira viagem internacional que realizo após 11 meses tratando de um câncer que enfrentei e superei com a ajuda de Deus e o carinho da população brasileira", assinalou Lula em um fórum convocado pela Fundação Telmex, do magnata Carlos Slim.
Lula, de 66 anos, fez uma amena e animada conferência perante 10.000 bolsistas da fundação no Auditório Nacional da capital mexicana intitulado "México Século XXI: capturando o futuro".
"Com muitíssima alegria volto ao México, país, este, que tanto estimo e no qual me sinto totalmente em casa", disse no começo de seu discurso, que durou quase 90 minutos.
Lula assinalou que a viagem ao México é uma circunstância feliz porque foi justamente em outubro de 2011, após comparecer à Cúpula de Negócios realizada em Querétaro, quando já no Brasil foi-lhe diagnosticado o câncer.
O ex-presidente destacou que esta visita marca sua "volta à vida política da América Latina e à política do Brasil".
Vestido com gravata azul, branca, verde e amarela, as cores da bandeira nacional, Lula encorajou os jovens a aproveitar o momento no qual estão, e pediu aos Governos latino-americanos para transformar a educação em "uma prioridade estratégica" durante seus mandatos.
Loquaz do começo ao fim, e veemente em seu discurso, Lula deixou de lado os conselhos que seus médicos lhe deram para que não se exceda nos discursos e que cuide de sua voz.
Lula aconselhou os jovens, pedindo-lhes que aproveitem essa "época de descoberta do mundo" e fixem objetivos como os que lideraram a Primavera Árabe no ano passado em países como Tunísia e Egito.
Quanto à luta contra a pobreza, recomendou aos governantes que tentem enfrentá-la, que elaborem os orçamentos de seus países pensando e destinando fundos para os mais despossuídos.
"O presidente do México, o do Brasil, o dos Estados Unidos, não têm que cuidar dos mais ricos. O doutor Carlos Slim não precisa do Governo para nada!. Quem precisa do Governo são os pobres", disse enfático Lula.
Sobre a relação de seu país com o México, o ex-presidente disse que "não há justificativa alguma" para que as duas principais economias latino-americanas continuem tão separadas, "e menos ainda para que haja qualquer tipo de rivalidade".
Por isso, Lula se disse partidário de buscar laços mais estreitos em política e em cultura e desejou que se há rivalidade entre ambos os países, "que seja somente no futebol", mas com limites.
Finalmente, aproveitando a presença entre o auditório do ex-técnico do Barcelona Josep Guardiola, também convidado pela Fundação Telmex, Lula expressou estar preocupado porque Slim vai "contratá-lo para dirigir a seleção mexicana contra o Brasil". "Isso também não vou permitir", brincou.
"Este é um momento especial para mim porque é a primeira viagem internacional que realizo após 11 meses tratando de um câncer que enfrentei e superei com a ajuda de Deus e o carinho da população brasileira", assinalou Lula em um fórum convocado pela Fundação Telmex, do magnata Carlos Slim.
Lula, de 66 anos, fez uma amena e animada conferência perante 10.000 bolsistas da fundação no Auditório Nacional da capital mexicana intitulado "México Século XXI: capturando o futuro".
"Com muitíssima alegria volto ao México, país, este, que tanto estimo e no qual me sinto totalmente em casa", disse no começo de seu discurso, que durou quase 90 minutos.
Lula assinalou que a viagem ao México é uma circunstância feliz porque foi justamente em outubro de 2011, após comparecer à Cúpula de Negócios realizada em Querétaro, quando já no Brasil foi-lhe diagnosticado o câncer.
O ex-presidente destacou que esta visita marca sua "volta à vida política da América Latina e à política do Brasil".
Vestido com gravata azul, branca, verde e amarela, as cores da bandeira nacional, Lula encorajou os jovens a aproveitar o momento no qual estão, e pediu aos Governos latino-americanos para transformar a educação em "uma prioridade estratégica" durante seus mandatos.
Loquaz do começo ao fim, e veemente em seu discurso, Lula deixou de lado os conselhos que seus médicos lhe deram para que não se exceda nos discursos e que cuide de sua voz.
Lula aconselhou os jovens, pedindo-lhes que aproveitem essa "época de descoberta do mundo" e fixem objetivos como os que lideraram a Primavera Árabe no ano passado em países como Tunísia e Egito.
Quanto à luta contra a pobreza, recomendou aos governantes que tentem enfrentá-la, que elaborem os orçamentos de seus países pensando e destinando fundos para os mais despossuídos.
"O presidente do México, o do Brasil, o dos Estados Unidos, não têm que cuidar dos mais ricos. O doutor Carlos Slim não precisa do Governo para nada!. Quem precisa do Governo são os pobres", disse enfático Lula.
Sobre a relação de seu país com o México, o ex-presidente disse que "não há justificativa alguma" para que as duas principais economias latino-americanas continuem tão separadas, "e menos ainda para que haja qualquer tipo de rivalidade".
Por isso, Lula se disse partidário de buscar laços mais estreitos em política e em cultura e desejou que se há rivalidade entre ambos os países, "que seja somente no futebol", mas com limites.
Finalmente, aproveitando a presença entre o auditório do ex-técnico do Barcelona Josep Guardiola, também convidado pela Fundação Telmex, Lula expressou estar preocupado porque Slim vai "contratá-lo para dirigir a seleção mexicana contra o Brasil". "Isso também não vou permitir", brincou.