Ahmadinejad ataca "sionistas incivilizados" de Israel na ONU
Nações Unidas, 26 set (EFE).- O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, investiu contra Israel nesta quarta-feira na ONU, se referindo ao país como "os sionistas incivilizados", por conta das ameaças de uma ação militar israelense contra o Irã, o que significa "uma corrida armamentista e de intimidação das potências hegemônicas".
"A contínua ameaça dos sionistas incivilizados de recorrer a uma ação militar contra a nossa grande nação é um exemplo claro da amarga realidade atual", disse Ahmadinejad em um discurso cheio de referências religiosas no segundo dia de debates da 67ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em uma clara referência às potências ocidentais e a Israel, o líder iraniano garantiu que o mundo vive uma tendência de "imposição de guerras, instabilidade e ocupação para garantir os interesses econômicos e expandir o domínio sobre centros sensíveis do mundo".
"Prevaleceu a corrida armamentista e a intimidação através de armas nucleares ou de destruição em massa por parte dos poderes hegemônicos", declarou Ahmadinejad naquele que pode ser seu último discurso como presidente perante o plenário da ONU.
Ahmadinejad afirmou que "testar novas gerações de armas e prometer usá-las em tempo hábil, tornou-se uma nova linguagem de ameaça contra países que não concordam com a nova era de hegemonia".
Não faltaram referências aos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. O líder iraniano definiu os ataques como "incidentes", e garantiu que Washington deveria ter explicado ao público "a verdade por trás do incidente" ao invés de "matar e lançar o culpado ao mar sem um julgamento", em referência ao líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.
Em um tom mais suave e até conciliador que em outras ocasiões, já que fala também como representante do Movimento dos Não Alinhados, Ahmadinejad não se aprofundou mais nas tensões com Israel nem mencionou a polêmica ao redor do programa nuclear iraniano e até enviou uma mensagem de paz.
"Estabelecer a paz e a segurança duradoura com uma vida decente para todos é uma missão que pode ser conseguida, embora seja enorme e histórica", disse Ahmadinejad.
Além disso, o presidente iraniano acusou os países hegemônicos: "A atual situação do mundo e os terríveis incidentes da história são consequencia de uma gestão errada do mundo e dos países que se autoproclamam como centros de poder que fizeram um pacto com o diabo".
Na abertura da Assembleia Geral ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que fará "o que deve ser feito" para evitar que o Irã obtenha uma arma nuclear e reiterou que o tempo para se chegar a uma solução diplomática "não é ilimitado".
A delegação americana se ausentou da sessão durante o discurso de Ahmadinejad como um sinal de protesto às recentes declarações do líder iraniano, cujo discurso coincidiu com a celebração do Yom Kippur, a mais solene festividade do calendário judaico.
"Nos dois últimos dias Ahmadinejad usou sua visita à ONU não para responder às legítimas aspirações dos iranianos, mas para espalhar teorias paranoicas e calúnias detestáveis contra Israel", destacou em comunicado a porta-voz da missão dos EUA nas Nações Unidas, Erin Pelton.
O lugar da delegação israelense estava vazio na Assembleia Geral. A delegação do Canadá também abandonou a sala enquanto o iraniano discursava. Além disso, muitas pessoas se manifestaram contra a presença de Ahmadinejad do lado de fora da sede das Nações Unidas.
O presidente do Irã também defendeu a reforma da ONU, pois disse que se trata de uma organização "ineficiente" e garantiu que, em nome dos Não Alinhados, é seu dever pedir "que todos os países do mundo tenham um papel mais ativo no processo de tomada de decisões". EFE
dvg/rpr-rsd
(foto)
"A contínua ameaça dos sionistas incivilizados de recorrer a uma ação militar contra a nossa grande nação é um exemplo claro da amarga realidade atual", disse Ahmadinejad em um discurso cheio de referências religiosas no segundo dia de debates da 67ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em uma clara referência às potências ocidentais e a Israel, o líder iraniano garantiu que o mundo vive uma tendência de "imposição de guerras, instabilidade e ocupação para garantir os interesses econômicos e expandir o domínio sobre centros sensíveis do mundo".
"Prevaleceu a corrida armamentista e a intimidação através de armas nucleares ou de destruição em massa por parte dos poderes hegemônicos", declarou Ahmadinejad naquele que pode ser seu último discurso como presidente perante o plenário da ONU.
Ahmadinejad afirmou que "testar novas gerações de armas e prometer usá-las em tempo hábil, tornou-se uma nova linguagem de ameaça contra países que não concordam com a nova era de hegemonia".
Não faltaram referências aos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. O líder iraniano definiu os ataques como "incidentes", e garantiu que Washington deveria ter explicado ao público "a verdade por trás do incidente" ao invés de "matar e lançar o culpado ao mar sem um julgamento", em referência ao líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.
Em um tom mais suave e até conciliador que em outras ocasiões, já que fala também como representante do Movimento dos Não Alinhados, Ahmadinejad não se aprofundou mais nas tensões com Israel nem mencionou a polêmica ao redor do programa nuclear iraniano e até enviou uma mensagem de paz.
"Estabelecer a paz e a segurança duradoura com uma vida decente para todos é uma missão que pode ser conseguida, embora seja enorme e histórica", disse Ahmadinejad.
Além disso, o presidente iraniano acusou os países hegemônicos: "A atual situação do mundo e os terríveis incidentes da história são consequencia de uma gestão errada do mundo e dos países que se autoproclamam como centros de poder que fizeram um pacto com o diabo".
Na abertura da Assembleia Geral ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que fará "o que deve ser feito" para evitar que o Irã obtenha uma arma nuclear e reiterou que o tempo para se chegar a uma solução diplomática "não é ilimitado".
A delegação americana se ausentou da sessão durante o discurso de Ahmadinejad como um sinal de protesto às recentes declarações do líder iraniano, cujo discurso coincidiu com a celebração do Yom Kippur, a mais solene festividade do calendário judaico.
"Nos dois últimos dias Ahmadinejad usou sua visita à ONU não para responder às legítimas aspirações dos iranianos, mas para espalhar teorias paranoicas e calúnias detestáveis contra Israel", destacou em comunicado a porta-voz da missão dos EUA nas Nações Unidas, Erin Pelton.
O lugar da delegação israelense estava vazio na Assembleia Geral. A delegação do Canadá também abandonou a sala enquanto o iraniano discursava. Além disso, muitas pessoas se manifestaram contra a presença de Ahmadinejad do lado de fora da sede das Nações Unidas.
O presidente do Irã também defendeu a reforma da ONU, pois disse que se trata de uma organização "ineficiente" e garantiu que, em nome dos Não Alinhados, é seu dever pedir "que todos os países do mundo tenham um papel mais ativo no processo de tomada de decisões". EFE
dvg/rpr-rsd
(foto)