Venezuela denuncia que haverá tentativa violenta contra resultado eleitoral

Nações Unidas, 1 out (EFE).- O governo venezuelano denunciou nesta segunda-feira na ONU que haverá uma tentativa violenta de não respeitar o resultado das eleições presidenciais do próximo dia 7 de outubro, pela qual responsabilizou setores antidemocráticos com apoio do exterior.

"Denunciamos responsavelmente perante este fórum que setores nacionais antidemocráticos e golpistas, em aliança com poderosos interesses estrangeiros, tentarão utilizar a violência para desconhecer a vontade popular", afirmou o embaixador venezuelano nas Nações Unidas, Jorge Valero, no discurso de seu país perante a Assembleia Geral.

Valero acrescentou que o povo venezuelano "está preparado para defender, mais uma vez, suas conquistas democráticas e revolucionárias", mas não deu mais detalhes dessa suposta tentativa violenta.

A Venezuela foi um dos poucos países que discursou nestes debates da Assembleia Geral das Nações Unidas sem chefe de Estado nem ministro.

Valero afirmou que as eleições do próximo domingo "serão transparentes e confiáveis", já que a Venezuela tem "o sistema eleitoral mais moderno do mundo", segundo disse citando o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter.

Essa expressão teria sido mencionada por Carter em reunião que realizou em setembro do ano passado com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e repetida depois por este último.

"De 1999 até 2012 foram realizados com pluralidade 14 processos eleitorais nacionais, um recorde mundial de participação política", declarou o embaixador.

"A Venezuela precisa de uma oposição democrática. Na democracia convivem o pluralismo e a diversidade", insistiu o diplomata, que defendeu o trabalho de Chávez à frente de seu país.

Segundo disse, o atual presidente garante "a continuidade de uma política internacional soberana e solidária, a favor da construção da unidade latino-americana e caribenha, da cooperação solidária com os povos do sul e da consolidação de um mundo multicêntrico e pluripolar, sem hegemonias imperiais".

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