Argel, 6 out (EFE).- O ex-presidente da Argélia Chadli Benyedid morreu neste sábado, aos 83 anos, três dias depois de dar entrada em um hospital militar, de acordo com fonte oficial.

Benyedid, que governou o país africano de 1979 até 1992, sofria de câncer e chegou a unidade hospitalar já em coma profundo, segundo confirmaram à Agência Efe, fontes médicas.

Nascido em 1929, em Sebaa, no extremo leste do país, o ex-chefe de governo participou da guerra da Argélia contra a colonização francesa, tendo se alistado em 1954. Rapidamente chegou a comandante-chefe do Exército de Libertação Nacional (ELN), braço armado da Frente de Libertação Nacional, (FLN). Em 1969, se tornou coronel.

Em 7 de fevereiro de 1979 se tornou o terceiro presidente da Argélia, após a morte de seu antecessor, Huari Bumedian.

No início da década de 90, depois de várias revoltas no país, Benyedid chegou a decretar estado de emergência na Argélia. Depois de eleições parlamentares canceladas pelo Exército, o presidente dissolveu o Parlamento, antes do fim de seu terceiro mandato.

Segundo a versão oficial, o governante resolveu renunciar por vontade própria, mas fontes militares apontam que ocupantes de patentes mais altas do Exército o forçaram a abandonar seu cargo.

Desde então o país vive período de violência que já deixou 200 mil mortos, aproximadamente. O próprio Benyedid, depois da renúncia, se afastara da vida pública, fazendo raras aparições.