Expectativa para 2º debate nos EUA é grande com pressão sobre Obama
Miriam Burgués.
Hempstead (EUA), 15 out (EFE).- A expectativa para o segundo debate televisivo entre Barack Obama e Mitt Romney, nesta terça-feira em Nova York, é enorme e toda a pressão está sobre o presidente americano após seu fraco desempenho no primeiro confronto entre os dois e a subida do republicano nas pesquisas.
Obama está desde sábado em Williamsburg, na Virgínia, onde se fechou junto com seus assessores para se preparar para o debate.
Apesar de estar hospedado em um complexo hoteleiro para jogadores de golfe, o presidente não dedicará nenhum tempo a um dos seus hobbys preferidos e só realizou uma breve escapada neste domingo para um comitê de campanha democrata, onde cumprimentou alguns voluntários e comentou que a preparação para o debate está indo "bem".
Após ter feito campanha durante o fim de semana no estado de Ohio, Romney se recolheu com sua equipe em um local próximo de sua casa em Boston, em Massachusetts.
O debate será realizado na Universidade Hofstra de Hempstead (Nova York) a apenas três semanas das eleições de 6 de novembro.
Jen Psaki, porta-voz da campanha de Obama, disse hoje aos jornalistas em Williamsburg que o presidente está "tranquilo" e "cheio de energia" para um segundo debate com Romney, no qual os cidadãos o verão "firme mas respeitoso" na defesa das "diferentes visões" de país que ele e seu rival têm.
Diversos assessores democratas insistiram nos últimos dias que o presidente será mais "agressivo" neste debate do que no realizado em Denver, onde Romney se impôs com contundência e Obama esteve apático e com dificuldades de expor suas ideias.
O próprio Obama reconheceu que teve uma noite ruim em Denver. Agora toda a pressão está sobre o presidente, para que passe para ofensiva e ataque Romney em relação ao seu passado à frente da empresa de investimentos Bain Capital ou sobre o polêmico vídeo no qual o candidato republicano menosprezou "47%" dos eleitores, que segundo ele não pagam impostos e dependem do Governo.
Obama "tem que transmitir confiança em si mesmo", assim como "explicar suas ideias de uma forma mais simples e clara e com convicção", afirmou hoje à Agência Efe Carolyn Dudek, professora de Ciências Políticas da Universidade Hofstra.
"Obama tem que explicar sua política e não deixar que Romney o faça por ele", acrescentou Carolyn, que alertou, no entanto, que há "uma linha muito tênue entre parecer forte e ser agressivo".
Em relação a Romney, Carolyn opinou que ele deveria fazer "o mesmo que no primeiro debate", mas também dar "detalhes" de seus planos se chegar à Casa Branca e "mostrar que sua política é distinta da de Obama" em áreas como imigração ou Relações Exteriores.
Os assessores republicanos deram a entender que Romney reiterará neste segundo debate suas posições mais "moderadas" para atrair os eleitores indecisos e independentes.
Em seu primeiro debate com Obama, o republicano afirmou que se ganhar as eleições não cortará os impostos dos ricos e ressaltou seu passado como governador de Massachusetts, quando aprovou uma lei similar à reforma da saúde promulgada por Obama em 2010 e trabalhou, segundo ele, "em colaboração" com a oposição democrata.
Romney precisa ganhar este segundo debate para prolongar o impulso recebido em função de sua boa atuação em Denver e tentar tirar a vantagem de Obama nas pesquisas de intenções de voto.
Segundo uma pesquisa do jornal "The Washington Post" e do canal "ABC" divulgada hoje, Obama tem o apoio de 49% dos possíveis eleitores e Romney tem 46%, o que significa um empate devido à margem de erro de mais ou menos 3,5 pontos percentuais.
O instituto Gallup selecionou uma série de eleitores indecisos para o debate na Universidade Hofstra, que farão perguntas aos candidatos sobre assuntos de política interna e exterior.
A moderadora será Candy Crowley, correspondente política da cadeia "CNN" e apresentadora do programa "State of the Union".
A reconhecida jornalista disse que pretende ter um papel muito ativo, algo que inquietou ambas as campanhas e as levou a expor para a comissão organizadora dos debates sua preocupação pelo papel que Candy irá desempenhar no confronto, segundo a revista "Time".
Hempstead (EUA), 15 out (EFE).- A expectativa para o segundo debate televisivo entre Barack Obama e Mitt Romney, nesta terça-feira em Nova York, é enorme e toda a pressão está sobre o presidente americano após seu fraco desempenho no primeiro confronto entre os dois e a subida do republicano nas pesquisas.
Obama está desde sábado em Williamsburg, na Virgínia, onde se fechou junto com seus assessores para se preparar para o debate.
Apesar de estar hospedado em um complexo hoteleiro para jogadores de golfe, o presidente não dedicará nenhum tempo a um dos seus hobbys preferidos e só realizou uma breve escapada neste domingo para um comitê de campanha democrata, onde cumprimentou alguns voluntários e comentou que a preparação para o debate está indo "bem".
Após ter feito campanha durante o fim de semana no estado de Ohio, Romney se recolheu com sua equipe em um local próximo de sua casa em Boston, em Massachusetts.
O debate será realizado na Universidade Hofstra de Hempstead (Nova York) a apenas três semanas das eleições de 6 de novembro.
Jen Psaki, porta-voz da campanha de Obama, disse hoje aos jornalistas em Williamsburg que o presidente está "tranquilo" e "cheio de energia" para um segundo debate com Romney, no qual os cidadãos o verão "firme mas respeitoso" na defesa das "diferentes visões" de país que ele e seu rival têm.
Diversos assessores democratas insistiram nos últimos dias que o presidente será mais "agressivo" neste debate do que no realizado em Denver, onde Romney se impôs com contundência e Obama esteve apático e com dificuldades de expor suas ideias.
O próprio Obama reconheceu que teve uma noite ruim em Denver. Agora toda a pressão está sobre o presidente, para que passe para ofensiva e ataque Romney em relação ao seu passado à frente da empresa de investimentos Bain Capital ou sobre o polêmico vídeo no qual o candidato republicano menosprezou "47%" dos eleitores, que segundo ele não pagam impostos e dependem do Governo.
Obama "tem que transmitir confiança em si mesmo", assim como "explicar suas ideias de uma forma mais simples e clara e com convicção", afirmou hoje à Agência Efe Carolyn Dudek, professora de Ciências Políticas da Universidade Hofstra.
"Obama tem que explicar sua política e não deixar que Romney o faça por ele", acrescentou Carolyn, que alertou, no entanto, que há "uma linha muito tênue entre parecer forte e ser agressivo".
Em relação a Romney, Carolyn opinou que ele deveria fazer "o mesmo que no primeiro debate", mas também dar "detalhes" de seus planos se chegar à Casa Branca e "mostrar que sua política é distinta da de Obama" em áreas como imigração ou Relações Exteriores.
Os assessores republicanos deram a entender que Romney reiterará neste segundo debate suas posições mais "moderadas" para atrair os eleitores indecisos e independentes.
Em seu primeiro debate com Obama, o republicano afirmou que se ganhar as eleições não cortará os impostos dos ricos e ressaltou seu passado como governador de Massachusetts, quando aprovou uma lei similar à reforma da saúde promulgada por Obama em 2010 e trabalhou, segundo ele, "em colaboração" com a oposição democrata.
Romney precisa ganhar este segundo debate para prolongar o impulso recebido em função de sua boa atuação em Denver e tentar tirar a vantagem de Obama nas pesquisas de intenções de voto.
Segundo uma pesquisa do jornal "The Washington Post" e do canal "ABC" divulgada hoje, Obama tem o apoio de 49% dos possíveis eleitores e Romney tem 46%, o que significa um empate devido à margem de erro de mais ou menos 3,5 pontos percentuais.
O instituto Gallup selecionou uma série de eleitores indecisos para o debate na Universidade Hofstra, que farão perguntas aos candidatos sobre assuntos de política interna e exterior.
A moderadora será Candy Crowley, correspondente política da cadeia "CNN" e apresentadora do programa "State of the Union".
A reconhecida jornalista disse que pretende ter um papel muito ativo, algo que inquietou ambas as campanhas e as levou a expor para a comissão organizadora dos debates sua preocupação pelo papel que Candy irá desempenhar no confronto, segundo a revista "Time".