Com piora da situação na Síria, Cruz Vermelha se esforça para ajudar civis
Genebra, 8 nov (EFE).- O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Peter Maurer, afirmou nesta quinta-feira que a organização tem visto sua capacidade para tentar ajudar os civis sírios, se deteriorando perante a "grave piora" da violência no país.
"Estamos em uma posição na qual a situação humanitária, devido ao conflito, piorou e, apesar do alcance de nossas operações ter ampliado, não conseguimos fazer tudo o que desejamos", declarou o presidente do CICV em entrevista coletiva.
"Há uma brecha entre a dramática piora da situação e nossas operações, que não podem seguir o ritmo perante a velocidade e a gravidade do que está acontecendo", advertiu.
Maurer disse que isto significa um aumento no número de pessoas "que não recebem a ajuda necessária", embora tenha reconhecido que o CICV não pode fazer uma avaliação numérica, mas avaliar a partir de estimativas, levando em conta que a "guerra se estende".
"Quando me refiro a uma piora, é porque vemos que os combates se estendem no país. A conclusão mais plausível é a de que há feridos e mais problemas", afirmou Maurer, que lembrou que o CICV encontra "restrições burocráticas e militares que nos impedem de estarmos em todas as partes ao mesmo tempo".
Neste sentido, o presidente do comitê assinalou que a possibilidade de entrar em Homs para prestar ajuda aos civis, embora tivesse sido poucas horas, "foi uma conquista de suma importância, porque permitiu ter uma ideia do que se passa por lá e do que podemos encontrar em situações similares".
Maurer lembrou que seu pessoal não entra em centros urbanos assediados pelos bombardeios governamentais como Aleppo e Idlib, há muito tempo, locais que "não sabemos o que nos espera", disse.
"Há muitos pontos cegos. Sabemos que a ajuda não chegou a muitas zonas e não podemos dizer qual é a situação", acrescentou o presidente do CICV, que também lembrou que "pouco se sabe sobre os deslocados internos e sua capacidade para resistir".
Questionado sobre a possibilidade de estabelecer uma zona de exclusão aérea ou de um corredor humanitário para atingir a população civil, Maurer foi "cético" sobre o impacto da medida.
"Não pensamos que é a melhor prática humanitária, porque se trata de uma ocupação militar do território ou do espaço aéreo, algo que não tem nada a ver com a prática humanitária e contribui para misturar operações militares e humanitárias", declarou.
"Se você decide tomar uma decisão assim, é melhor declarar que sua estratégia é ocupar militarmente o espaço aéreo ou o território de um país. No momento que isso é chamado de uma operação humanitária, tenho problemas", explicou Maurer.
"Estamos em uma posição na qual a situação humanitária, devido ao conflito, piorou e, apesar do alcance de nossas operações ter ampliado, não conseguimos fazer tudo o que desejamos", declarou o presidente do CICV em entrevista coletiva.
"Há uma brecha entre a dramática piora da situação e nossas operações, que não podem seguir o ritmo perante a velocidade e a gravidade do que está acontecendo", advertiu.
Maurer disse que isto significa um aumento no número de pessoas "que não recebem a ajuda necessária", embora tenha reconhecido que o CICV não pode fazer uma avaliação numérica, mas avaliar a partir de estimativas, levando em conta que a "guerra se estende".
"Quando me refiro a uma piora, é porque vemos que os combates se estendem no país. A conclusão mais plausível é a de que há feridos e mais problemas", afirmou Maurer, que lembrou que o CICV encontra "restrições burocráticas e militares que nos impedem de estarmos em todas as partes ao mesmo tempo".
Neste sentido, o presidente do comitê assinalou que a possibilidade de entrar em Homs para prestar ajuda aos civis, embora tivesse sido poucas horas, "foi uma conquista de suma importância, porque permitiu ter uma ideia do que se passa por lá e do que podemos encontrar em situações similares".
Maurer lembrou que seu pessoal não entra em centros urbanos assediados pelos bombardeios governamentais como Aleppo e Idlib, há muito tempo, locais que "não sabemos o que nos espera", disse.
"Há muitos pontos cegos. Sabemos que a ajuda não chegou a muitas zonas e não podemos dizer qual é a situação", acrescentou o presidente do CICV, que também lembrou que "pouco se sabe sobre os deslocados internos e sua capacidade para resistir".
Questionado sobre a possibilidade de estabelecer uma zona de exclusão aérea ou de um corredor humanitário para atingir a população civil, Maurer foi "cético" sobre o impacto da medida.
"Não pensamos que é a melhor prática humanitária, porque se trata de uma ocupação militar do território ou do espaço aéreo, algo que não tem nada a ver com a prática humanitária e contribui para misturar operações militares e humanitárias", declarou.
"Se você decide tomar uma decisão assim, é melhor declarar que sua estratégia é ocupar militarmente o espaço aéreo ou o território de um país. No momento que isso é chamado de uma operação humanitária, tenho problemas", explicou Maurer.