Rússia acredita que sucesso de trégua na Ucrânia está em linha de separação
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Epa/Efe/Divulgação
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, beija crucifixo durante pronunciamento nacional
no Palácio de Miraflores, em Caracas
"Acreditamos que uma linha de separação permita garantir na prática o término das hostilidades e a retirada do armamento pesado de ambas as partes", disse Lavrov em entrevista coletiva.
A linha de separação e a retirada do armamento pesado de uma região desmilitarizada de 30 quilômetros são os principais pontos do Memorando de Paz assinado em 19 de setembro em Minsk.
A trégua estipulada na semana passada pelas forças governamentais e milícias pró-russas entrou em vigor nesta terça-feira, embora esteja à espera do resultado da iminente reunião em Minsk entre representantes de Kiev e os separatistas, com mediação da Rússia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
"Esta não foi a primeira declaração (de cessar-fogo), mas a atual foi bem preparada, já que houve negociações entre as partes em conflito", disse o ministro russo.
Lavrov revelou que oficiais do exército russo participaram das negociações a pedido do presidente ucraniano, Petro Poroshenko.
O chefe da diplomacia russa alertou sobre a incapacidade da Ucrânia de iniciar um processo de reforma constitucional com participação de todas as regiões e partidos políticos.
"É preciso fazer isso com urgência. Lembrando que tal compromisso foi assumido pelas autoridades de Kiev em abril", ressaltou, em alusão à insistência russa para que a Ucrânia se transforme em um país onde os falantes de russo tenham os direitos respeitados.
Ambas as partes assinaram um acordo de trégua em 5 de setembro, mas os combates não cessaram e o comando militar ucraniano reconheceu que mais de 400 soldados morreram desde então.
Poroshenko e os dirigentes separatistas poderiam retomar as negociações nesta sexta-feira em Minsk, embora estes últimos insistam em incluir na agenda outros assuntos, além da retirada da artilharia e as plataformas de lançamento de mísseis da zona de segurança.
Os separatistas insistem em discutir a gradual retirada do bloqueio econômico imposto às zonas rebeldes por Kiev e a entrada em vigor das leis que concedem três anos de autonomia aos separatistas e anistia aos milicianos.
Os rebeldes consideram como bloqueio econômico a decisão de Kiev de suspender os serviços bancários e evacuar a administração pública da região.