Protestos deixam dois mortos e dezenas de feridos em Bangladesh

Nova Délhi, 9 dez (EFE).- Duas pessoas morreram e dezenas foram feridas e presas durante os violentos protestos neste domingo em Bangladesh de uma aliança de partidos opositores ao governo, informou a imprensa local.

Os manifestantes, liderados pelo Partido Nacional (BNP) e o islamita Jamaat-e-Islami, reivindicavam que fosse instaurado um órgão de governo provisório encarregado de supervisionar as eleições, previstas para o fim de 2013.

Esta condição havia sido revogada pelo atual Executivo da primeira-ministra, Sheikh Hasina, no ano passado.

Os distúrbios, que começaram no início da manhã e duraram várias horas, foram particularmente graves em Daca, e menos graves mas não menos importantes em outros pontos do país asiático, especialmente na cidade portuária de Chittagong.

Na capital bengalesa, 500 ativistas opositores e governistas travaram violentos confrontos, que terminaram com a morte de pelo menos uma pessoa.

Segundo o jornal "Daily Star" e o canal "Bdnews24", outra pessoa morreu no distrito de Sirajgang, a cerca de 100 quilômetros de Daca, o que mantém por enquanto o balanço oficial de vítimas mortais em dois.

Um porta-voz do BNP elevou o número de falecidos para quatro, embora não haja confirmação desta versão por parte das autoridades ou fontes independentes.

Os enfrentamentos deixaram dezenas de feridos em todo o país, incluindo um alto cargo do BNP e mais de 50 militantes e ativistas desse partido.

Segundo a agência oficial "UNB", pelo menos 30 veículos foram incendiados ou depredados em Daca pelos manifestantes, que estavam armados com facões, tacos e bloquearam estradas e lançaram vários coquetéis molotov e pedras.

A polícia disparou balas de borracha e lançou gás lacrimogêneo contra os manifestantes, e as autoridades enviaram 12 mil soldados adicionais das forças de segurança para controlar os protestos.

O cenário político bengalês é dominado por duas dinastias políticas lideradas pela primeira-ministra Sheikh e pela ex-primeira-ministra Khaleda Zía, líder do BNP, que se alternaram no poder nas últimas décadas, exceto em alguns períodos de ditadura militar.

Ambas as formações receberam no passado acusações de corrupção e nepotismo, e tentam permanecer no poder.

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