Vítima de maus tratos, pena de Manning será reduzida em caso de condenação

Washington, 8 jan (EFE).- A juíza militar encarregada do caso dos vazamentos de Bradley Manning ao Wikileaks disse nesta terça-feira que o soldado recebeu um tratamento ilegal durante seu confinamento prévio ao julgamento e que por isso ele terá uma redução de pena se for condenado.

A coronel Denise Lind, juíza militar das audiências prévias ao julgamento de Manning, considerou que o soldado sofreu maus tratos durante os nove meses que passou na prisão do Corpo de Fuzileiros de Quantico (Virgínia), onde foi submetido a uma rígida rotina de vigilância e privação de sono.

Denise Lind garantiu uma redução de pena de 112 dias se ele for condenado à prisão, mas recusou retirar todas as acusações contra o acusado como pedia a defesa, para quem Manning foi submetido à tortura.

A juíza considerou que Manning foi submetido a um confinamento mais rigoroso do que o normal, algo reconhecido pela acusação, que no entanto pedia uma compensação muito menor.

Após descobrir que Manning pode ter vazado informações confidenciais do Iraque, onde serviu, as autoridades militares o transferiram do Kuwait para Quantico em 2010.

Na prisão militar onde ficou inicialmente, Manning passava 23 horas ao dia em celas sem janelas, era frequentemente acordado e obrigado a dormir sem roupas, como parte de uma rotina de vigilância para prevenir que ele se suicidasse.

Manning, cujo julgamento está previsto para começar em 6 de março, pode ser condenado à prisão perpétua por traição e mais 22 acusações. Atualmente, o ex-soldado está detido em uma prisão militar de máxima segurança em Leavenworth, no Kansas.

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