A.Latina é a única região onde os homicídios aumentaram na última década
Viña del Mar (Chile), 12 jan (EFE).- A proporção de roubos na América Latina e no Caribe triplicou nos últimos 25 anos, e além disso, a região é a única do mundo que registrou um aumento na taxa de homicídios (11%) na última década.
Estes dados foram dados divulgados neste sábado durante a Segunda Reunião sobre Segurança Cidadã da América Latina, organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e realizada na cidade chilena de Viña del Mar.
A insegurança "é a principal preocupação dos latino-americanos", constatou Heraldo Muñoz, diretor regional do Pnud, em entrevista coletiva na qual esteve acompanhado pelo ex-presidente guatemalteco Álvaro Colom.
"O problema da insegurança cidadã aumentou em toda a região; em alguns casos com violência letal, ou seja, com homicídios; em outros casos com delitos contra a propriedade, como os roubos, de modo que ninguém está livre destes problemas", advertiu.
O índice de homicídios aumentou 11% na última década, e o país que sofre com a maior taxa é Honduras, com 82 por cada 100 mil habitantes, quando a média mundial é de 6,7, apontou o ex-ministro chileno.
Entretanto, "nos países que enfrentam baixas taxas de homicídios, como o Chile, os delitos patrimoniais aumentaram fortemente", explicou Muñoz. Segundo disse, nos últimos 25 anos, a proporção de roubos triplicou no conjunto da América Latina.
Além disso, a cada dia são registrados 460 ataques sexuais, cujas vítimas são em sua maioria mulheres, que são também as que mais sofrem outra violência "invisível", que é a violência doméstica.
Em conjunto, um de cada cinco latino-americanos denunciou no último ano ter sido vítima de algum tipo de delito.
Segundo Muñoz, "há um problema com a capacidade do Estado para responder a esta situação de insegurança", tanto em matéria policial e judicial, como de sistemas carcerários.
Além disso, o crescimento na região na última década foi "mais em quantidade do que em qualidade". "Há muita desigualdade nesse crescimento, com falta de oportunidades de emprego para os jovens", apontou o diretor regional do Pnud.
Em terceiro lugar, enumerou, a expansão urbana provocou a ruptura de algumas redes, como a família e o bairro, que antes freavam em parte da violência. "O tecido social vai desmoronando", assinalou Muñoz.
Por outra parte, o crime se articulou através de redes internacionais, como ocorre com o tráfico de armas desde os Estados Unidos e com as gangues centro-americanas. Frente a isso, segundo Muñoz, a cooperação internacional demonstra ser "insuficiente".
Entre os participantes da reunião de Viña del Mar está o ex-presidente chileno Ricardo Lagos, a secretária executiva da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Bárcena, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.
Estes dados foram dados divulgados neste sábado durante a Segunda Reunião sobre Segurança Cidadã da América Latina, organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e realizada na cidade chilena de Viña del Mar.
A insegurança "é a principal preocupação dos latino-americanos", constatou Heraldo Muñoz, diretor regional do Pnud, em entrevista coletiva na qual esteve acompanhado pelo ex-presidente guatemalteco Álvaro Colom.
"O problema da insegurança cidadã aumentou em toda a região; em alguns casos com violência letal, ou seja, com homicídios; em outros casos com delitos contra a propriedade, como os roubos, de modo que ninguém está livre destes problemas", advertiu.
O índice de homicídios aumentou 11% na última década, e o país que sofre com a maior taxa é Honduras, com 82 por cada 100 mil habitantes, quando a média mundial é de 6,7, apontou o ex-ministro chileno.
Entretanto, "nos países que enfrentam baixas taxas de homicídios, como o Chile, os delitos patrimoniais aumentaram fortemente", explicou Muñoz. Segundo disse, nos últimos 25 anos, a proporção de roubos triplicou no conjunto da América Latina.
Além disso, a cada dia são registrados 460 ataques sexuais, cujas vítimas são em sua maioria mulheres, que são também as que mais sofrem outra violência "invisível", que é a violência doméstica.
Em conjunto, um de cada cinco latino-americanos denunciou no último ano ter sido vítima de algum tipo de delito.
Segundo Muñoz, "há um problema com a capacidade do Estado para responder a esta situação de insegurança", tanto em matéria policial e judicial, como de sistemas carcerários.
Além disso, o crescimento na região na última década foi "mais em quantidade do que em qualidade". "Há muita desigualdade nesse crescimento, com falta de oportunidades de emprego para os jovens", apontou o diretor regional do Pnud.
Em terceiro lugar, enumerou, a expansão urbana provocou a ruptura de algumas redes, como a família e o bairro, que antes freavam em parte da violência. "O tecido social vai desmoronando", assinalou Muñoz.
Por outra parte, o crime se articulou através de redes internacionais, como ocorre com o tráfico de armas desde os Estados Unidos e com as gangues centro-americanas. Frente a isso, segundo Muñoz, a cooperação internacional demonstra ser "insuficiente".
Entre os participantes da reunião de Viña del Mar está o ex-presidente chileno Ricardo Lagos, a secretária executiva da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Bárcena, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.