Chavismo e oposição lembram fim de ditadura com acusações e denúncias
Caracas, 23 jan (EFE).- O chavismo e a oposição venezuelana lembraram nesta quarta-feira em atos separados o aniversário do fim da ditadura, em um dia que não ocorreram incidentes mas que teve um clima tenso, de trocas de acusações e até a denúncia de uma tentativa de atentado.
Os seguidores do presidente Hugo Chávez tomaram as ruas da zona oeste de Caracas na jornada em que se lembrou o 55º aniversário do final da ditadura de Marcos Pérez Jiménez com uma manifestação em "solidariedade" ao governante, que se recupera em Cuba de uma operação de um câncer desde 11 de dezembro.
Por sua parte, a oposição optou por um ato em um recinto fechado em um parque do leste da cidade, no qual reivindicou a via pacífica como o caminho para resolver os problemas da Venezuela, ao mesmo tempo em que acusou o governo de utilizar a violência para dividir o país.
Precedidos pela polêmica sentença do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de 9 de janeiro, que aceitou que Chávez pudesse jurar seu cargo quando se recuperar e que seu governo continuasse interino depois de 10 de janeiro, os atos de hoje serviram para contrastar duas visões distintas do país.
A aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) lançou hoje um manifesto lido por seu secretário geral, Ramón Guillermo Aveledo, no qual reivindicou o direito a criticar a decisão do TSJ, afirmando que a sentença foi "monstruosa e vergonhosa".
Além disso, a MUD sustentou que Simón Bolívar "nunca teria aprovado a vergonhosa submissão ao governo cubano". O manifesto afirmou que a ausência de Chávez "agravou a situação" devido à carência de "liderança própria de seus sucessores", em referência ao vice-presidente, Nicolás Maduro, e ao presidente do Parlamento, Diosdado Cabello.
Já o líder da oposição, Henrique Capriles, disse que se Chávez pode brincar durante uma reunião com o chanceler Elías Jaua, como informou dias atrás o governo, deve fazer uma ligação telefônica ao país para transmitir tranquilidade aos seus seguidores e a todos os venezuelanos.
"Se uma pessoa pode fazer brincadeiras, por que não pode pegar o telefone e dar tranquilidade aos venezuelanos?", declarou Capriles a jornalistas.
O líder oposicionista disse que o governo liderado por Maduro tem "uma altíssima rejeição" e o acusou de querer "ganhar tempo" usando a imagem de Chávez para mostrar aos venezuelanos que não é o momento de exigir responsabilidades pela ausência do dirigente.
O governador de Miranda voltou a afirmar que mantém seu "compromisso" com o país caso a Venezuela precise realizar um novo processo eleitoral, cenário no qual a MUD optaria por um candidato de consenso.
Após dias de denúncias sobre supostos planos para gerar violência no país, o governo informou hoje sobre o aumento de medidas de segurança para Maduro e Cabello diante de uma suposta tentativa de atentado contra ambos os dirigentes.
O ministro do Interior, Néstor Reverol, denunciou que tinha recebido "informações muito importantes de inteligência que indicavam que atores da extrema-direita venezuelana em cumplicidade com atores da extrema-direita no exterior se encontram planejando um atentado" contra o vice-presidente e o presidente do Parlamento.
"Nós denunciamos o fato porque já há elementos de peso e não se surpreendam com as ações que se tomem nas próximas horas e nos próximos dias", disse o vice-presidente.
Maduro disse que os "criminosos infiltrados no país" não podem pedir clemência. O dirigente anunciou nesta quarta-feira uma nova viagem para Cuba para encontrar Hugo Chávez.
Sobre a data em que se lembra o final da ditadura, Maduro argumentou que os venezuelanos estão cansados das "traições" e assegurou que o país se dirige rumo à "liberdade suprema" e ao socialismo.
O ministro venezuelano de Ciência e Tecnologia, Jorge Arreaza, genro do presidente, também aproveitou a data de hoje para rebater as acusações de que o líder cubano, Fidel Castro, e seu irmão, o presidente Raúl Castro, mandam na Venezuela.
"Quando a oligarquia diz que aqui está mandando Fidel, que está mandando Raúl Castro, estão muito equivocados", criticou.
"Fidel e Raúl estão ao serviço de Hugo Chávez em Cuba, Fidel e Raúl puseram o seu país, sua equipe médica e toda Cuba ao serviço da Revolução Bolivariana e do povo venezuelano para que o presidente Hugo Chávez se recupere", discursou.
Os seguidores do presidente Hugo Chávez tomaram as ruas da zona oeste de Caracas na jornada em que se lembrou o 55º aniversário do final da ditadura de Marcos Pérez Jiménez com uma manifestação em "solidariedade" ao governante, que se recupera em Cuba de uma operação de um câncer desde 11 de dezembro.
Por sua parte, a oposição optou por um ato em um recinto fechado em um parque do leste da cidade, no qual reivindicou a via pacífica como o caminho para resolver os problemas da Venezuela, ao mesmo tempo em que acusou o governo de utilizar a violência para dividir o país.
Precedidos pela polêmica sentença do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de 9 de janeiro, que aceitou que Chávez pudesse jurar seu cargo quando se recuperar e que seu governo continuasse interino depois de 10 de janeiro, os atos de hoje serviram para contrastar duas visões distintas do país.
A aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) lançou hoje um manifesto lido por seu secretário geral, Ramón Guillermo Aveledo, no qual reivindicou o direito a criticar a decisão do TSJ, afirmando que a sentença foi "monstruosa e vergonhosa".
Além disso, a MUD sustentou que Simón Bolívar "nunca teria aprovado a vergonhosa submissão ao governo cubano". O manifesto afirmou que a ausência de Chávez "agravou a situação" devido à carência de "liderança própria de seus sucessores", em referência ao vice-presidente, Nicolás Maduro, e ao presidente do Parlamento, Diosdado Cabello.
Já o líder da oposição, Henrique Capriles, disse que se Chávez pode brincar durante uma reunião com o chanceler Elías Jaua, como informou dias atrás o governo, deve fazer uma ligação telefônica ao país para transmitir tranquilidade aos seus seguidores e a todos os venezuelanos.
"Se uma pessoa pode fazer brincadeiras, por que não pode pegar o telefone e dar tranquilidade aos venezuelanos?", declarou Capriles a jornalistas.
O líder oposicionista disse que o governo liderado por Maduro tem "uma altíssima rejeição" e o acusou de querer "ganhar tempo" usando a imagem de Chávez para mostrar aos venezuelanos que não é o momento de exigir responsabilidades pela ausência do dirigente.
O governador de Miranda voltou a afirmar que mantém seu "compromisso" com o país caso a Venezuela precise realizar um novo processo eleitoral, cenário no qual a MUD optaria por um candidato de consenso.
Após dias de denúncias sobre supostos planos para gerar violência no país, o governo informou hoje sobre o aumento de medidas de segurança para Maduro e Cabello diante de uma suposta tentativa de atentado contra ambos os dirigentes.
O ministro do Interior, Néstor Reverol, denunciou que tinha recebido "informações muito importantes de inteligência que indicavam que atores da extrema-direita venezuelana em cumplicidade com atores da extrema-direita no exterior se encontram planejando um atentado" contra o vice-presidente e o presidente do Parlamento.
"Nós denunciamos o fato porque já há elementos de peso e não se surpreendam com as ações que se tomem nas próximas horas e nos próximos dias", disse o vice-presidente.
Maduro disse que os "criminosos infiltrados no país" não podem pedir clemência. O dirigente anunciou nesta quarta-feira uma nova viagem para Cuba para encontrar Hugo Chávez.
Sobre a data em que se lembra o final da ditadura, Maduro argumentou que os venezuelanos estão cansados das "traições" e assegurou que o país se dirige rumo à "liberdade suprema" e ao socialismo.
O ministro venezuelano de Ciência e Tecnologia, Jorge Arreaza, genro do presidente, também aproveitou a data de hoje para rebater as acusações de que o líder cubano, Fidel Castro, e seu irmão, o presidente Raúl Castro, mandam na Venezuela.
"Quando a oligarquia diz que aqui está mandando Fidel, que está mandando Raúl Castro, estão muito equivocados", criticou.
"Fidel e Raúl estão ao serviço de Hugo Chávez em Cuba, Fidel e Raúl puseram o seu país, sua equipe médica e toda Cuba ao serviço da Revolução Bolivariana e do povo venezuelano para que o presidente Hugo Chávez se recupere", discursou.