"Haverá Oviedo por muito mais tempo", diz o presidente do Congresso paraguaio

Assunção, 3 fev (EFE).- O presidente do Congresso paraguaio, Jorge Oviedo Matto, correligionário do falecido Lino Oviedo, afirmou neste domingo "haverá Oviedo por muito mais tempo" ao lembrar que dois filhos e um sobrinho do candidato presidencial se dedicam à política.

Em entrevista à rede de televisão "Unicanal", Oviedo Matto disse que amanhã será realizado o velório do líder do partido Unace, o terceiro de maior expressão na cena política paraguaia.

Lino Oviedo morreu ontem à noite após a queda do helicóptero em que viajava sobre uma fazenda da região do Chaco, quando retornava para Assunção depois de um comício político em Concepción.

O general reformado iria concorrer à Presidência nas eleições gerais de 21 de abril, após ficar no teceiro lugar no pleito de 2008, quando Fernando Lugo foi o vencedor.

Segundo Oviedo Matto, uma vez que o corpo chegue a Assunção, terá início o velório na sede de seu partido, embora seja possível que também haja algo no Congresso "para que todos os cidadãos possam se despedir".

O chefe do Congresso, cujo nome figura entre os possíveis herdeiros de Lino, descartou que a morte dele signifique a morte da política do partido.

"Não, ele tem dois filhos e um sobrinho que são políticos. Eu acho que há Oviedo para muito mais tempo", disse Oviedo Matto, que lembrou o "compromisso moral" que o partido tem com seus simpatizantes.

"Não podemos abandonar esta luta que ele iniciou", disse o presidente do Congresso, que mencionou que a filha de Oviedo, Fabiola, está retornando da Alemanha para o funeral.

A União de Cidadãos Éticos (Unace) foi um movimento dentro do Partido Colorado que Lino Oviedo transformou em partido para se apresentar como candidato à Presidência no pleito de 2003.

Segundo os estatutos do partido, após a morte de Lino Oviedo, seu candidato à vice-presidência do país, Alberto Soljancic, deveria ser o novo rosto que aspira à Presidência, disse um assessor do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral citado pelo jornal "Ultima Hora" em seu site.

Oviedo Matto se recusou a falar sobre alguns rumores de que Lino Oviedo teria obrigado o piloto de seu helicóptero a voar em condições adversas, e disse apenas que "tinha ânsia de trabalhar" e por isso tinha decidido "retornar ontem à noite", para comparecer a suas obrigações deste domingo.

Além disso, Oviedo Matto não quis especular sobre a hipótese de que o acidente poderia ter sido, na realidade, um atentado.

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