Choques entre palestinos e forças israelenses deixam 7 feridos na Cisjordânia

Jerusalém, 25 fev (EFE).- Pelo menos sete pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira em confrontos entre manifestantes palestinos e forças militares israelenses, os quais foram registrados em diferentes pontos da Cisjordânia.

Entre os feridos, três são oficiais da Polícia israelense de Fronteiras. Segundo a agência oficial "Wafa", os agentes foram feridos perto da prisão de Ofer, ao sul de Ramala, onde jovens palestinos realizaram inúmeros ataques. De acordo com a fonte, dois deles foram feridos por disparos, sendo que o terceiro, que também segue internado, sofreu o impacto de uma bomba de gás lacrimogêneo na cabeça.

Os confrontos registrados nesta segunda-feira coincidem com o enterro de Arafat Yaradat, o prisioneiro palestino que morreu no último sábado em uma prisão israelense por causa de possíveis torturas.

Sua morte - cuja causa ainda continua sendo investigada - originou uma onda de protestos e blitze israelenses no território ocupado da Cisjordânia, onde milhares de pessoas se concentraram no povoado de Sair para acompanhar o funeral de Yaradat.

No vizinho distrito de Belém, outros três palestinos, entre eles um adolescente de 13 anos, ficaram feridos nos confrontos. Segundo a agência palestina "Ma'an", o adolescente, Mohammed Khaled al Kurdi, se encontrava no campo de refugiados do Aida quando recebeu vários tiros nas costas e uma perna.

Um dos parentes da vítima informou que sua condição era estável e que ingressou na unidade de terapia intensiva após ter sido operado para retirar os projéteis. Outros dois manifestantes também foram feridos com balas de borracha nesse mesmo campo de refugiados.

O sétimo ferido é um soldado israelense, que levou uma pedrada no bloco de assentamentos judaicos de Gush Etsión, situado no distrito ocupado palestino de Belém.

Nesta tarde, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, se reunirá com os comandantes do Exército, da Polícia e do Serviço de Prisões para avaliar a situação no terreno.

Israel teme que a onda de violência desencadeada após a morte de Yaradat, que se soma com outra que já havia originado a greve de fome de quatro presos palestinos, conduza a situação para um novo levantamento palestino, seja popular ou armado.

Neste aspecto, o ministro israelense de Segurança Pública, Isaac Aharonovich, afirmou que Israel "não está diante de uma terceira intifada", e apelou à liderança palestina atuar com responsabilidade.

"É preciso se comportar com responsabilidade, principalmente a outra parte (a palestina) que tem a maior parte das responsabilidades", disse o ministro durante uma visita ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, onde hoje a Polícia declarou o estado de alerta máximo.

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