Suprema Corte uruguaia reforça segurança por protesto do bloco governista

Montevidéu, 25 fev (EFE).- A Suprema Corte de Justiça (SCJ) do Uruguai amanheceu nesta segunda-feira rodeada por um forte aparato de segurança em função da manifestação convocada pelo partido governista contra a decisão judicial que declara inconstitucional uma lei que evitava a prescrição dos delitos cometidos durante a ditadura (1973-1985).

Segundo constatou a Agência Efe, a polícia uruguaia fechou o acesso a algumas ruas próximas ao tribunal, localizado no centro de Montevidéu.

A manifestação está marcada para às 18h local (17h de Brasília). Segundo a convocação dibulgada na sexta-feira pelo bloco esquerdista Frente Ampla (FA), a manifestação será "silenciosa" e é apoiada pela central sindical PIT-CNT e a organização Mães e Familiares de Uruguaios Detidos e Desaparecidos, embora outras organizações defensoras de direitos humanos devam se somar à mobilização.

O motivo da ação é uma decisão do SCJ em resposta a um recurso de inconstitucionalidade apresentado por dois coronéis contra uma norma aprovada em 2011 pela Frente Ampla que inviabilizava a lei de anistia, aprovada em 1986 e ratificada nas urnas em 1989 e 2009.

A Suprema Corte de Justiça considerou procedente o recurso com uma decisão que na prática significa o arquivamento das causas pelos crimes cometidos por militares e policiais durante o período ditatorial.

Além da manifestação, a corrente do presidente José Mujica no bloco governamental, o Movimento de Participação Popular, anunciou que impulsionará "ações legais" no Parlamento contra os membros do tribunal, considerado pelo partido como "responsável pela manutenção da impunidade no Uruguai".

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