Pastor Marcos Feliciano presidirá Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Brasília, 7 mar (EFE).- Apesar dos protestos de outros legisladores e de grupos humanitários, o deputado e pastor evangélico Marcos Feliciano (PSC), acusado de racismo e homofobia, foi eleito nesta quinta-feira como novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados.

A escolha do novo presidente da Comissão de Direitos Humanos estava prevista para ser decidida ontem, mas acabou sendo interrompida e adiada por conta das queixas apresentadas por diversos movimentos sociais e parlamentares de esquerda opostos à candidatura de Feliciano.

Na votação, que foi retomada hoje em uma sessão realizada a portas fechadas, Feliciano, apesar da grande rejeição em torno de seu nome, acabou sendo eleito por 12 votos contra 11.

Segundo a Comissão de Direitos Humanos e Minoria, os parlamentares dos PT e do PSOL se retiraram da sessão em sinal de protesto, mas, mesmo assim, a sessão ainda teve quórum suficiente para a realização da votação.

"O trabalho que será realizado nesta comissão provará que eu não sou homofóbico e nem racista", declarou Feliciano ter seu nome confirmado como presidente da comissão.

Anos atrás, no entanto, Feliciano chegou a afirmar que "o amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio e ao crime" e que "os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé".

Marcos Feliciano é fundador, presidente e pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, vinculada à Assembleia de Deus, uma igreja evangélica que conta com cerca de 20 milhões de fiéis no país.

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