Israel lembra mortos das forças de segurança e vítimas de terrorismo

Em Jerusalém

  • Ronen Zvulun/Reuters

    14.abr.2013 - Tropas israelenses acendem tochas durante cerimonial para lembrar mortos das forças de segurança e vítimas de terrorismo no cemitério militar de Mount Herzl em Jerusalém. Segundo o Ministério da Defesa, mais de 23 mil militares já foram mortos em serviço desde 1.860

    14.abr.2013 - Tropas israelenses acendem tochas durante cerimonial para lembrar mortos das forças de segurança e vítimas de terrorismo no cemitério militar de Mount Herzl em Jerusalém. Segundo o Ministério da Defesa, mais de 23 mil militares já foram mortos em serviço desde 1.860

Israel lembra a partir da noite deste domingo, com uma jornada de luto, os mortos de suas forças de segurança, 23.085 desde 1860, e as vítimas civis do terrorismo e das várias guerras que o país enfrentou desde sua independência, em 1948.

A jornada de lembrança começou às 20h locais (15h de Brasília) com o acionamento de uma sirene, enquanto a bandeira israelense era levantada a meio mastro em uma cerimônia na esplanada do Muro das Lamentações, o lugar mais sagrado para o judaísmo.

"A existência de Israel não está mais em dúvida, o Exército está preparado para qualquer contingência", afirmou o presidente israelense, Shimon Peres no ato, que contou com a participação de militares e parentes dos mortos.

A jornada, anterior ao dia de independência, é uma das mais emblemáticas do calendário israelense. Além do fechamento de estabelecimentos comerciais e da programação especial de televisão, toda a atividade oficial nesta noite e amanhã irá girar em torno das cerimônias realizadas nos mais de 50 cemitérios e monumentos militares em Israel.

Segundo o Ministério da Defesa, um total de 23.085 membros das forças de segurança do Estado -em sua imensa maioria do Exército- morreram em serviço, 92 deles no último ano.

Estes números, que se contabilizam desde 1860, quando começaram as chamadas "aliot" (ondas migratórias de judeus) para a então Palestina sob domínio otomano, incluem os membros de organizações armadas que existiam antes da independência de Israel, militares do Exército israelense, agentes dos serviços secretos e da polícia.

"Provêm de todos os grupos da sociedade israelense -judeus, drusos, beduínos, muçulmanos, cristãos, circassianos- e a eles reconhecemos sua contribuição na luta por nossa existência", disse o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em um ato realizado previamente.

O comunicado do ministério de Defesa informa que em "Israel há atualmente 17.553 famílias afetadas, 2.324 órfãos e 4.964 viúvas do Exército e de empregados do Ministério da Defesa".

O número inclui em sua maioria a militares e agentes de segurança mortos em "ato de guerra" ou "ataques terroristas", e em menor medida soldados ou agentes que perderam a vida por outras razões -doença ou acidente- quando realizavam o serviço militar, disse à agência Efe o porta-voz do Exército Roni Kaplan.

"O serviço militar é obrigatório por lei e essa lei estipula que as forças de defesa de Israel e o Ministério da Defesa devem reconhecer os mortos sem fazer distinção", explicou.

Nas próximas vinte e quatro horas calcula-se que aproximadamente um milhão e meio de pessoas visitarão cemitérios e participarão de atos para lembrar os mortos.

Após o impacto da segunda Intifada palestina, na qual a maioria dos mortos foram civis, o governo israelense ampliou a homenagem para vítimas do terrorismo, 2.493 desde 1948, entre eles 120 estrangeiros.

O principal ato desta segunda-feira será realizado durante a manhã no Monte Herzl de Jerusalém, o principal cemitério do país. No início da cerimônia sirenes tocarão por dois minutos e os israelenses interromperão suas atividades.

A jornada não é comemorada nos centros urbanos e comunidades árabes -ao redor de 20% da população israelense-, que por razões de identidade e históricas não celebra a independência do Estado judeu. EFE

elb/dk

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