Pai dos Tsarnáev viajará aos EUA para enterrar Tamerlán
Moscou, 25 abr (EFE).- O pai dos irmãos Tsarnáev, considerados os autores do atentado perpetrado o passado 15 de abril durante a maratona de Boston, anunciou nesta quinta-feira que viajará aos Estados Unidos para enterrar a seu filho mais velho, Tamerlán.
"Voo hoje ou amanhã. Ainda não decidi. Não vou me vingar de ninguém. Simplesmente, quero pegar meu filho e enterrá-lo. Não defendo nenhum ideário religioso ou extremista", disse Anzor Tsarnáev, citado pelas agências locais.
Tsarnáev manifestou sua intenção de levar à Rússia a norte-americana Katherine Russell, viúva de seu filho mais velho, e o filho do casal, que tem três anos de idade.
"A amávamos muito e a amamos, por isso tentaremos que ela e a criança vivam conosco. Se Deus permitir, tentaremos que venham", disse durante uma entrevista coletiva na cidade de Mahatchkala, capital da república caucasiana do Daguestão, vizinha da Chechênia.
O pai dos supostos terroristas sustenta que Tamerlán voltou à Rússia durante vários meses no ano passado para solicitar a cidadania russa, depois que seu passaporte do Quirguistão, já que a família viveu durante anos nessa república centro-asiática.
"Veio e ficou o tempo todo comigo. Pedimos os documentos juntos. Enquanto isso, trabalhou o tempo todo comigo, reformamos o apartamento que compramos. Não se relacionou com nenhum grupo terrorista. Esteve todo o tempo sob meu cuidado", explicou.
Anzor Tsarnáev reconheceu que seu filho que morreu lia literatura islâmica, mas também livros do patriarca da literatura russa, Alexander Pushkin, e do francês Alexandre Dumas.
"Sim, fomos à mesquita e cumprimos a reza obrigatória. Tamerlán lia de tudo", disse, em resposta a uma pergunta sobre se seu filho mais velho havia adotado posturas radicais islâmicas.
Na sua opinião, o fato de que Tamerlán estava sob a mira dos serviços secretos o impediu de obter cidadania americana.
Por sua vez, a mãe dos Tsarnáev, Zubeidat, não confirmou que vá acompanhar seu marido e deixou entrever que poderia renunciar à cidadania americana.
"Não posso dizer a quem interessava isso (o atentado), mas isso deve ser investigado pelos serviços secretos", disse.
A mãe questionou que seus filhos fossem os organizadores das explosões que deixaram três mortos e cerca de 300 feridos.
"Eu só sei que houve um atentado em Boston e que um filho meu mataram e o outro prenderam. O fato de que os relacionem com esse crime não é próprio dessas meninos, de sua personalidade e da vida que levavam", apontou.
Zubeidat Tsarnáev explicou que os funcionários do FBI que os visitaram o véspera prometeram que lhes ajudariam a falar com seu filho mais novo, Dzhokar, internado no hospital em Boston.
Desde o princípio, o pai dos Tsarnáev disse que seus filhos "não fariam mal a uma mosca" e criticou as forças de segurança dos EUA por matar na sexta-feira passada Tamerlán, de 26 anos, durante um tiroteio.
"Me inteirei do ocorrido pela televisão. Minha opinião é que os serviços secretos se lançaram contra meus filhos porque são religiosos muçulmanos", disse na semana passada à agência "Interfax".
O irmão mais novo, Dzhokar, de 19 anos, permanece hospitalizado mas colabora com os investigadores, a quem, segundo as forças armadas americanas, o jovem teria dito que ele e o irmão agiram sozinhos e o fizeram motivados pela defesa do islã e em rejeição às guerras dos EUA no Iraque e no Afeganistão.
"Voo hoje ou amanhã. Ainda não decidi. Não vou me vingar de ninguém. Simplesmente, quero pegar meu filho e enterrá-lo. Não defendo nenhum ideário religioso ou extremista", disse Anzor Tsarnáev, citado pelas agências locais.
Tsarnáev manifestou sua intenção de levar à Rússia a norte-americana Katherine Russell, viúva de seu filho mais velho, e o filho do casal, que tem três anos de idade.
"A amávamos muito e a amamos, por isso tentaremos que ela e a criança vivam conosco. Se Deus permitir, tentaremos que venham", disse durante uma entrevista coletiva na cidade de Mahatchkala, capital da república caucasiana do Daguestão, vizinha da Chechênia.
O pai dos supostos terroristas sustenta que Tamerlán voltou à Rússia durante vários meses no ano passado para solicitar a cidadania russa, depois que seu passaporte do Quirguistão, já que a família viveu durante anos nessa república centro-asiática.
"Veio e ficou o tempo todo comigo. Pedimos os documentos juntos. Enquanto isso, trabalhou o tempo todo comigo, reformamos o apartamento que compramos. Não se relacionou com nenhum grupo terrorista. Esteve todo o tempo sob meu cuidado", explicou.
Anzor Tsarnáev reconheceu que seu filho que morreu lia literatura islâmica, mas também livros do patriarca da literatura russa, Alexander Pushkin, e do francês Alexandre Dumas.
"Sim, fomos à mesquita e cumprimos a reza obrigatória. Tamerlán lia de tudo", disse, em resposta a uma pergunta sobre se seu filho mais velho havia adotado posturas radicais islâmicas.
Na sua opinião, o fato de que Tamerlán estava sob a mira dos serviços secretos o impediu de obter cidadania americana.
Por sua vez, a mãe dos Tsarnáev, Zubeidat, não confirmou que vá acompanhar seu marido e deixou entrever que poderia renunciar à cidadania americana.
"Não posso dizer a quem interessava isso (o atentado), mas isso deve ser investigado pelos serviços secretos", disse.
A mãe questionou que seus filhos fossem os organizadores das explosões que deixaram três mortos e cerca de 300 feridos.
"Eu só sei que houve um atentado em Boston e que um filho meu mataram e o outro prenderam. O fato de que os relacionem com esse crime não é próprio dessas meninos, de sua personalidade e da vida que levavam", apontou.
Zubeidat Tsarnáev explicou que os funcionários do FBI que os visitaram o véspera prometeram que lhes ajudariam a falar com seu filho mais novo, Dzhokar, internado no hospital em Boston.
Desde o princípio, o pai dos Tsarnáev disse que seus filhos "não fariam mal a uma mosca" e criticou as forças de segurança dos EUA por matar na sexta-feira passada Tamerlán, de 26 anos, durante um tiroteio.
"Me inteirei do ocorrido pela televisão. Minha opinião é que os serviços secretos se lançaram contra meus filhos porque são religiosos muçulmanos", disse na semana passada à agência "Interfax".
O irmão mais novo, Dzhokar, de 19 anos, permanece hospitalizado mas colabora com os investigadores, a quem, segundo as forças armadas americanas, o jovem teria dito que ele e o irmão agiram sozinhos e o fizeram motivados pela defesa do islã e em rejeição às guerras dos EUA no Iraque e no Afeganistão.