Abu Hamza é declarado culpado de 11 acusações de terrorismo em Nova York
Nova York, 19 mai (EFE).- O clérigo radical islâmico Abu Hamza, extraditado em 2012 do Reino Unido aos Estados Unidos, foi declarado culpado nesta segunda-feira de 11 acusações de terrorismo por um júri de Nova York.
Hamza, cujo nome real é Mustafa Kamel Mustafa e que ficou conhecido por suas pregações contra o Ocidente na mesquita londrina de Finsbury Park, pode agora ser condenado à prisão perpétua.
Entre outras coisas, o júri lhe considerou de forma unânime responsável de participar do sequestro de 16 turistas no Iêmen em 1998, apoiar a jihad (guerra santa) violenta no Afeganistão entre 2000 e 2001 e conspirar para criar um campo de treinamento de jihadistas em Oregon (EUA).
O procurador federal do Distrito Sul de Nova York, Preet Bharara, comemorou o veredicto em comunicado e lembrou que Hamza cumprirá sua condenação "não pelo que disse, mas pelo que fez".
"Abu Hamza não era só um pregador da fé, mas um formador de terroristas", assegurou Bharara, que ressaltou a eficácia e a rapidez da Justiça americana neste caso.
O julgamento, no qual o clérigo de origem egípcia tomou a palavra para defender-se, durou cerca de um mês e nele seus advogados tentaram provar que o caso se baseava unicamente em palavras pronunciadas por Hamza e não em seus atos.
A procuradoria, por sua vez, tentou demonstrar que o imã de 56 anos utilizava a religião como fachada de suas ações em apoio do terrorismo internacional.
Hamza, que habitualmente usa um gancho após ter perdido a mão no Afeganistão nos anos 80, ficou famoso no Reino Unido por seus incendiários discursos contra Ocidente.
Foi detido pelas autoridades britânicas pela primeira vez em maio de 2004 a pedido dos Estados Unidos, mas demorou oito anos para ser extraditado após esgotar todos os recursos perante todas as instâncias possíveis.
Previamente, cumpriu uma pena de prisão no Reino Unido por delitos de terrorismo e incitação ao ódio racial.
Para Bharara, trata-se da segunda vitória em apenas dois meses em grandes casos de terrorismo, depois que em março outro júri declarou culpado Sulaiman abu Ghaith, um genro de Osama bin Laden que apareceu em vários vídeos ameaçando os EUA após os atentados de 11 de setembro de 2001.
"Mais uma vez, nosso sistema de justiça civil se mostrou capaz de julgar um terrorista acusado e de conseguir um resultado justo e rápido", destacou o promotor.
Os julgamentos de Hamza e Abu Ghaith foram os primeiros grandes processos de terrorismo islâmico que concluíram nos Estados Unidos, e, além disso, com relativa rapidez, enquanto os julgamentos militares na base naval de Guantánamo se desenvolvem com enorme lentidão.
Hamza, cujo nome real é Mustafa Kamel Mustafa e que ficou conhecido por suas pregações contra o Ocidente na mesquita londrina de Finsbury Park, pode agora ser condenado à prisão perpétua.
Entre outras coisas, o júri lhe considerou de forma unânime responsável de participar do sequestro de 16 turistas no Iêmen em 1998, apoiar a jihad (guerra santa) violenta no Afeganistão entre 2000 e 2001 e conspirar para criar um campo de treinamento de jihadistas em Oregon (EUA).
O procurador federal do Distrito Sul de Nova York, Preet Bharara, comemorou o veredicto em comunicado e lembrou que Hamza cumprirá sua condenação "não pelo que disse, mas pelo que fez".
"Abu Hamza não era só um pregador da fé, mas um formador de terroristas", assegurou Bharara, que ressaltou a eficácia e a rapidez da Justiça americana neste caso.
O julgamento, no qual o clérigo de origem egípcia tomou a palavra para defender-se, durou cerca de um mês e nele seus advogados tentaram provar que o caso se baseava unicamente em palavras pronunciadas por Hamza e não em seus atos.
A procuradoria, por sua vez, tentou demonstrar que o imã de 56 anos utilizava a religião como fachada de suas ações em apoio do terrorismo internacional.
Hamza, que habitualmente usa um gancho após ter perdido a mão no Afeganistão nos anos 80, ficou famoso no Reino Unido por seus incendiários discursos contra Ocidente.
Foi detido pelas autoridades britânicas pela primeira vez em maio de 2004 a pedido dos Estados Unidos, mas demorou oito anos para ser extraditado após esgotar todos os recursos perante todas as instâncias possíveis.
Previamente, cumpriu uma pena de prisão no Reino Unido por delitos de terrorismo e incitação ao ódio racial.
Para Bharara, trata-se da segunda vitória em apenas dois meses em grandes casos de terrorismo, depois que em março outro júri declarou culpado Sulaiman abu Ghaith, um genro de Osama bin Laden que apareceu em vários vídeos ameaçando os EUA após os atentados de 11 de setembro de 2001.
"Mais uma vez, nosso sistema de justiça civil se mostrou capaz de julgar um terrorista acusado e de conseguir um resultado justo e rápido", destacou o promotor.
Os julgamentos de Hamza e Abu Ghaith foram os primeiros grandes processos de terrorismo islâmico que concluíram nos Estados Unidos, e, além disso, com relativa rapidez, enquanto os julgamentos militares na base naval de Guantánamo se desenvolvem com enorme lentidão.
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