Salvador, 20 jun (EFE).- Assim como ocorre nesta quinta-feira durante os protestos populares em algumas das maiores cidades do país, Salvador é palco de confrontos entre manifestantes e policiais, e dois ônibus da Fifa chegaram a ser apedrejados em frente ao hotel onde membros da principal entidade do futebol mundial estão hospedados, no bairro Campo Grande.

O hotel também teve a fachada danificada. A Polícia Militar enviou a tropa de choque para conter a ação dos manifestantes, que também colocaram fogo em objetos nas ruas próximas, e os dispersou com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.

Uma manifestação que começou à tarde no centro da capital baiana em bairros vizinhos à Arena Fonte Nova, onde Nigéria e Uruguai se enfrentam pela Copa das Confederações, teve início pacífico e a presença de milhares de pessoas.

Porém, na região do Dique do Tororó, os manifestantes tentaram furar uma barreira policial e entrar na zona de segurança estabelecida pela Fifa, mas foram impedidos pela polícia. Em ruas próximas, alguns ônibus foram incendiados, e lojas depredadas.

Muitos manifestantes que não estavam em confronto pediram aos policiais para que não houvesse violência. Um jovem mostrou à Agência Efe uma cápsula de projétil que, segundo ele, foi disparada pela polícia para o alto para amedrontar um grupo que ficou na região do Dique por várias horas.

Muitos dos participantes do protesto estavam com cartazes contra a corrupção e a falta de investimentos em serviços públicos, algumas das principais bandeiras dos protestos.

"Não há educação, nem segurança, nem saúde, só corrupção. Bem-vindos ao Brasil", dizia em inglês um desses cartazes.