África do Sul homenageia Mandela, que completa 25 dias de internação
Pretória, 2 jul (EFE).- O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela completa nesta terça-feira 25 dias de internação , os últimos dez em estado crítico, mas os sul-africanos não se cansam de mostrar sua gratidão ao homem que mais fez para mudar suas vidas.
Nelson Mandela é, para os sul-africanos, a figura que conseguiu transformar o país em um lar para cidadãos de todas as etnias.
No entanto, a população sabe que Mandela, de 94 anos, já tem uma idade avançada e que seu estado de saúde é delicado, já que, nos últimos seis meses, ele foi hospitalizado quatro vezes.
Por isso, preferem não perder a oportunidade de expressar a admiração pelo antigo líder enquanto ele ainda está vivo. Até os mais esperançosos - como o atual presidente, Jacob Zuma, que diz acreditar que Mandela terá alta "em breve" - sabem que cada dia pode ser o último.
Um jovem negro estava em frente ao hospital de Pretória hoje e esperava que, como ocorreu nos últimos dias, algum parente próximo de Mandela aparecesse para recolher as mensagens de apoio escritas pelo povo para Madiba, apelido pelo qual o ex-presidente é conhecido.
Em frente ao Medi-Clinic Heart Hospital há flores, balões, muitas fotos e cartazes sobre Mandela com caráter político.
"Gostamos muito dele, desejamos que se recupere e sabemos que ele pode sentir nosso apoio", disse à Agência Efe Queen Kganyago.
Perto da porta, dois homens vendem ao preço equivalente a pouco mais de R$ 23 uma tela preta, amarela e verde - as cores do Congresso Nacional Africano (CNA) - com o rosto de Mandela impresso, imitando o estilo clássico utilizado pelos líderes africanos, normalmente menos democráticos que Madiba, para incentivarem os cidadãos a cultuarem suas personalidades.
Os religiosos também se reúnem com frequência em frente ao hospital. Movidos pela fé, eles costumam comparecer em grupos, e, sob a orientação do pastor, oram e cantam para que Deus cure Mandela.
"Te glorificamos, abençoamos teu nome!", cantava hoje uma delegação cristã de negros engravatados, enquanto movimentavam seus corpos de acordo com o ritmo da música.
Os policiais negros que vigiavam a entrada do hospital acompanhavam a canção batendo palmas e dançando, perante o olhar impassível do único agente branco, mais discreto.
Outra local onde são prestadas homenagens ao ícone da resistência ao apartheid é a sua mansão no bairro de Houghton, em Johanesburgo.
Os veículos diminuem a velocidade ao passar em frente à casa e contemplam brevemente as cartolinas e as pedras coloridas cheias de frases de apoio para Madiba.
A caligrafia e o traço dos desenhos mostram que foram feitos por crianças que são levadas ao local por seus pais ou avós para homenagear Mandela.
"Estamos aqui para dizer algo a Mandela, queremos que se recupere rápido", disse, abraçada a suas irmãs, uma menina da região nordeste de Mpumalanga, que foi a Johanesburgo para aproveitar as férias escolares de verão.
Pela calçada, um grupo de crianças brancas se aproxima da casa com suas mães.
"Temos muita sorte de viver em um país livre, e meus filhos devem agradecer a Mandela por ter tornado isso possível", comentou à Efe Joss Young.
"É um país completamente diferente do qual eu cresci, é um lugar maravilhoso agora, e isso se deve a pessoas como ele", acrescentou Joss, em referência ao regime do apartheid.
Como a maioria das pessoas, Young destaca de Mandela sua aposta inequívoca na democracia e na reconciliação, o que permitiu que os brancos pudessem continuar a viver livremente na África do Sul após perderem o poder.
Para os negros, oprimidos durante séculos de dominação branca, sua longa batalha por sua emancipação e por seus direitos civis é vista como o aspecto mais importante.
"Com sua chegada ao poder pudemos ter pela primeira vez dignidade em nosso próprio país", declarou à Efe Grace Nkosi, uma garçonete negra de um bar de Johanesburgo.
Nelson Mandela é, para os sul-africanos, a figura que conseguiu transformar o país em um lar para cidadãos de todas as etnias.
No entanto, a população sabe que Mandela, de 94 anos, já tem uma idade avançada e que seu estado de saúde é delicado, já que, nos últimos seis meses, ele foi hospitalizado quatro vezes.
Por isso, preferem não perder a oportunidade de expressar a admiração pelo antigo líder enquanto ele ainda está vivo. Até os mais esperançosos - como o atual presidente, Jacob Zuma, que diz acreditar que Mandela terá alta "em breve" - sabem que cada dia pode ser o último.
Um jovem negro estava em frente ao hospital de Pretória hoje e esperava que, como ocorreu nos últimos dias, algum parente próximo de Mandela aparecesse para recolher as mensagens de apoio escritas pelo povo para Madiba, apelido pelo qual o ex-presidente é conhecido.
Em frente ao Medi-Clinic Heart Hospital há flores, balões, muitas fotos e cartazes sobre Mandela com caráter político.
"Gostamos muito dele, desejamos que se recupere e sabemos que ele pode sentir nosso apoio", disse à Agência Efe Queen Kganyago.
Perto da porta, dois homens vendem ao preço equivalente a pouco mais de R$ 23 uma tela preta, amarela e verde - as cores do Congresso Nacional Africano (CNA) - com o rosto de Mandela impresso, imitando o estilo clássico utilizado pelos líderes africanos, normalmente menos democráticos que Madiba, para incentivarem os cidadãos a cultuarem suas personalidades.
Os religiosos também se reúnem com frequência em frente ao hospital. Movidos pela fé, eles costumam comparecer em grupos, e, sob a orientação do pastor, oram e cantam para que Deus cure Mandela.
"Te glorificamos, abençoamos teu nome!", cantava hoje uma delegação cristã de negros engravatados, enquanto movimentavam seus corpos de acordo com o ritmo da música.
Os policiais negros que vigiavam a entrada do hospital acompanhavam a canção batendo palmas e dançando, perante o olhar impassível do único agente branco, mais discreto.
Outra local onde são prestadas homenagens ao ícone da resistência ao apartheid é a sua mansão no bairro de Houghton, em Johanesburgo.
Os veículos diminuem a velocidade ao passar em frente à casa e contemplam brevemente as cartolinas e as pedras coloridas cheias de frases de apoio para Madiba.
A caligrafia e o traço dos desenhos mostram que foram feitos por crianças que são levadas ao local por seus pais ou avós para homenagear Mandela.
"Estamos aqui para dizer algo a Mandela, queremos que se recupere rápido", disse, abraçada a suas irmãs, uma menina da região nordeste de Mpumalanga, que foi a Johanesburgo para aproveitar as férias escolares de verão.
Pela calçada, um grupo de crianças brancas se aproxima da casa com suas mães.
"Temos muita sorte de viver em um país livre, e meus filhos devem agradecer a Mandela por ter tornado isso possível", comentou à Efe Joss Young.
"É um país completamente diferente do qual eu cresci, é um lugar maravilhoso agora, e isso se deve a pessoas como ele", acrescentou Joss, em referência ao regime do apartheid.
Como a maioria das pessoas, Young destaca de Mandela sua aposta inequívoca na democracia e na reconciliação, o que permitiu que os brancos pudessem continuar a viver livremente na África do Sul após perderem o poder.
Para os negros, oprimidos durante séculos de dominação branca, sua longa batalha por sua emancipação e por seus direitos civis é vista como o aspecto mais importante.
"Com sua chegada ao poder pudemos ter pela primeira vez dignidade em nosso próprio país", declarou à Efe Grace Nkosi, uma garçonete negra de um bar de Johanesburgo.
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