ONG revela que Facebook ajudou a expandir violência em conflito sul-sudanês
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Interpol/AP
A afegã Shogofa Salehi roubou US$ 1,5 milhão do banco no qual trabalhava em Cabul e depois fugiu
A organização entrevistou 2.500 pessoas, sendo que 60% admitiram usar a rede social para instigar à violência no país.
"Neste estudo, em que efetuamos com uma amostragem ao acaso, chegamos à conclusão de que a maioria desses usuários de Facebook incitou à violência e os combates no Sudão do Sul", disse à Agência Efe o diretor-executivo da Cepo, Edmond Yakani.
Ele ressaltou que essa porcentagem teria aumentado se não fosse alcançado um acordo de cessar-fogo, que deteve as hostilidades. Em sua opinião, o uso do Facebook para incitar à violência entre tribos no país está vinculado ao assédio que as autoridades de Juba praticam em diferentes veículos de comunicação.
O governo do Sudão do Sul e os rebeldes assinaram no último dia 25 na capital da Etiópia, sob os olhares do bloco regional de países do leste da África, um acordo no qual foram dados 45 dias para assinar a paz e formar um governo de unidade. O compromisso - que aspira dar fim a uma guerra civil que provocou a crise de fome no Sudão do Sul, mais de um milhão de deslocados e milhares de mortes - inclui, além disso, disposições concretas para a aplicação do acordo de cessação de hostilidades assinado em junho.
O conflito político iniciado em dezembro do ano passado entre o presidente, Salva Kiir, de etnia dinka, e o líder rebelde, Riek Machar, dos nueres, derivou em um conflito entre comunidades que se atacaram nos últimos meses.