NSA nega que Obama sabia de programa de espionagem a Merkel desde 2010


Washington, 27 out (EFE).- A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA negou neste domingo que seu diretor, o general Keith Alexander, informou ao presidente Barack Obama em 2010 sobre os supostos programas de espionagem que envolviam o telefone celular da chanceler alemã, Angela Merkel.

"O general Alexander não discutiu em 2010 com o presidente Barack Obama uma suposta operação de inteligência no exterior com relação à chanceler alemã Merkel, nem nunca discutiu supostas operações de Merkel", afirmou Vanee Vines, porta-voz da NSA em um breve comunicado.

"As informações jornalísticas que afirmam o contrário não são certas", acrescentou Vines.

A porta-voz da NSA se referia assim às informações publicadas pelo jornal alemão "Bild am Sonntag", que assinalou neste domingo que Obama foi informado das escutas por Alexander, em 2010, não pediu a suspensão do programa e chegou a solicitar um relatório completo sobre a chanceler.

As revelações provocaram uma onda de indignação na Alemanha e em outros países europeus, cujos líderes também teriam sido objeto de espionagem em massa por parte dos EUA

A Alemanha anunciou que enviará nos próximos dias uma delegação "de alto nível" aos Estados Unidos para obter dados da Casa Branca e dos serviços de inteligência.

Segundo o jornal alemão, a NSA não só espionou o celular de Merkel até julho, como se dizia até agora, mas chegou a espionar o telefone aparentemente seguro que a líder começou a usar no meio do ano.

No entanto, nesta semana o próprio presidente Barack Obama ligou para Merkel para assegurar que os "Estados Unidos não estão supervisionando e nem supervisionarão as comunicações da chanceler", segundo explicou Jay Carney, porta-voz da Casa Branca.

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