Brasil vigiou diplomatas da Rússia, Irã e Iraque, diz jornal
Rio de Janeiro, 4 nov (EFE).- Espiões brasileiros vigiaram diplomatas da Rússia, Irã e Iraque em suas embaixadas e residências, segundo um relatório secreto da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), de acordo com informações do jornal "Folha de S.Paulo".
O relatório detalha dez operações realizadas por espiões brasileiros entre 2003 e 2004 e nas quais reportam tarefas de vigilância a diplomatas de países com os quais o Brasil estreitou relações nos últimos anos, como a Rússia e o Irã.
Segundo os documentos aos quais a "Folha" diz ter acesso, agentes da ABIN seguiram e fotografaram diplomatas russos envolvidos em negociações com equipes militares; vigiaram diplomatas iranianos para tentar identificar seus possíveis contatos no Brasil e fotografaram atividades dos iraquianos na embaixada e em suas residências.
A Presidência brasileira esclareceu em comunicado que os dados se referem a operações de contrainteligência realizadas pela ABIN há quase uma década, mas alegou não poder determinar a autenticidade de um relatório ao qual não teve acesso.
As operações citadas "obedeceram a legislação brasileira de proteção dos interesses nacionais. Como a "Folha de S. Paulo" preferiu não enviar cópia dos documentos obtidos, não podemos validar sua autenticidade", segundo a nota divulgada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência.
O comunicado adverte que o vazamento de relatórios classificados como secretos constitui um crime e que o Governo, sem violar as garantias constitucionais à liberdade de imprensa, adotará medidas para processar os responsáveis pela entrega dos documentos.
A Presidência acrescenta em sua nota que as atividades de inteligência da ABIN estão previstas na legislação e têm por objetivo "a defesa do estado democrático de direito, da sociedade e da soberania nacional, com total respeito aos princípios constitucionais e aos direitos e garantias individuais".
As operações descritas no relatório da ABIN ocorreram nos primeiros anos do Governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quanto à vigilância dos diplomatas russos, que incluiu o então cônsul da Rússia no Rio de Janeiro, Anatoly Kashuba, e representantes da agência de exportação de equipes militares Rosoboronexport, a ABIN, segundo a Folha, aparentemente suspeitava que eles estavam envolvidos em atividades de espionagem no Brasil.
Os agentes da ABIN, segundo o relatório, também seguiram o então embaixador do Irã em Cuba, Seyed Davood Nohseni Salehi Monfared, durante uma visita que fez ao país em abril de 2004.
A vigilância aos diplomatas iraquianos ocorreu pouco após os Estados Unidos ocuparem o país em 2003 aparentemente para identificar pessoas que tinham buscado refúgio no Brasil.
A divulgação do relatório se produz em momentos nos quais a presidente brasileira, Dilma Rousseff, lidera uma iniciativa para que as Nações Unidas adotem uma resolução que ponha um fim na espionagem eletrônica.
A governante brasileira adiou uma visita de Estado que iria realizar a Washington em outubro após a divulgação de documentos que mostram que suas comunicações telefônicas e eletrônicas foram, supostamente, vigiadas pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos.
A suposto espionagem dos Estados Unidos às comunicações da chefe de Estado do Brasil e da Petrobras é citado em documentos filtrados pelo ex-analista da CIA Edward Snowden.
O Governo brasileiro qualificou a espionagem como "uma violação" da soberania do país e "uma falta de respeito" que não pode ser justificada na luta contra o terrorismo, e alega ainda esperar uma explicação satisfatória dos Estados Unidos.
O relatório detalha dez operações realizadas por espiões brasileiros entre 2003 e 2004 e nas quais reportam tarefas de vigilância a diplomatas de países com os quais o Brasil estreitou relações nos últimos anos, como a Rússia e o Irã.
Segundo os documentos aos quais a "Folha" diz ter acesso, agentes da ABIN seguiram e fotografaram diplomatas russos envolvidos em negociações com equipes militares; vigiaram diplomatas iranianos para tentar identificar seus possíveis contatos no Brasil e fotografaram atividades dos iraquianos na embaixada e em suas residências.
A Presidência brasileira esclareceu em comunicado que os dados se referem a operações de contrainteligência realizadas pela ABIN há quase uma década, mas alegou não poder determinar a autenticidade de um relatório ao qual não teve acesso.
As operações citadas "obedeceram a legislação brasileira de proteção dos interesses nacionais. Como a "Folha de S. Paulo" preferiu não enviar cópia dos documentos obtidos, não podemos validar sua autenticidade", segundo a nota divulgada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência.
O comunicado adverte que o vazamento de relatórios classificados como secretos constitui um crime e que o Governo, sem violar as garantias constitucionais à liberdade de imprensa, adotará medidas para processar os responsáveis pela entrega dos documentos.
A Presidência acrescenta em sua nota que as atividades de inteligência da ABIN estão previstas na legislação e têm por objetivo "a defesa do estado democrático de direito, da sociedade e da soberania nacional, com total respeito aos princípios constitucionais e aos direitos e garantias individuais".
As operações descritas no relatório da ABIN ocorreram nos primeiros anos do Governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quanto à vigilância dos diplomatas russos, que incluiu o então cônsul da Rússia no Rio de Janeiro, Anatoly Kashuba, e representantes da agência de exportação de equipes militares Rosoboronexport, a ABIN, segundo a Folha, aparentemente suspeitava que eles estavam envolvidos em atividades de espionagem no Brasil.
Os agentes da ABIN, segundo o relatório, também seguiram o então embaixador do Irã em Cuba, Seyed Davood Nohseni Salehi Monfared, durante uma visita que fez ao país em abril de 2004.
A vigilância aos diplomatas iraquianos ocorreu pouco após os Estados Unidos ocuparem o país em 2003 aparentemente para identificar pessoas que tinham buscado refúgio no Brasil.
A divulgação do relatório se produz em momentos nos quais a presidente brasileira, Dilma Rousseff, lidera uma iniciativa para que as Nações Unidas adotem uma resolução que ponha um fim na espionagem eletrônica.
A governante brasileira adiou uma visita de Estado que iria realizar a Washington em outubro após a divulgação de documentos que mostram que suas comunicações telefônicas e eletrônicas foram, supostamente, vigiadas pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos.
A suposto espionagem dos Estados Unidos às comunicações da chefe de Estado do Brasil e da Petrobras é citado em documentos filtrados pelo ex-analista da CIA Edward Snowden.
O Governo brasileiro qualificou a espionagem como "uma violação" da soberania do país e "uma falta de respeito" que não pode ser justificada na luta contra o terrorismo, e alega ainda esperar uma explicação satisfatória dos Estados Unidos.