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Madri, 25 nov (EFE).- O Príncipe das Astúrias, Dom Felipe, suspendeu nesta segunda-feira uma viagem oficial de dois dias a São Paulo por um problema mecânico no avião que o levaria à cidade para impulsionar as oportunidades de negócio espanholas no mercado brasileiro.

O voo foi cancelado por uma falha em um dos flaps do avião, que os técnicos tentaram consertar sem sucesso durante sete horas.

A aeronave, um Airbus A-310 que a Força Aérea espanhola usa para o transporte de autoridades, estava preparada para partir da base de Torrejón de Ardoz, próximo a Madri, mas os pilotos detectaram que um dos flaps não respondia nos testes de rotina.

A origem da avaria era um sensor que, ao provocar um curto-circuito, impedia o funcionamento normal de um dos "flaps" da asa esquerda.

Fontes da Casa do Rei explicaram que, apesar de ter substituído a peça estragada, a reparação exige "uma calibração absolutamente exata" que requer um tempo de ajuste, por isso o piloto decidiu suspender o voo.

A viagem do herdeiro da Coroa espanhola entre Madri e a capital paulista tinha duração prevista de quase 11 horas e o primeiro ato da agenda seria uma reunião com o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.

A suspensão da viagem cancelou o encontro, assim como as reuniões agendadas com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, embora estejam de pé outros atos de cooperação bilateral organizados por ocasião da visita, especialmente o Fórum de Investimentos e Cooperação Empresarial organizado pelo Instituto de Comércio Exterior (Icex).

O vice-presidente da patronal espanhola CEOE, Jesús Terciado, e o da Federação de Indústrias do São Paulo, João Guilherme Ometto, discursarão amanhã no fórum, no qual 160 empresas brasileiras e 48 espanholas poderão identificar ou desenvolver oportunidades de parceria em diversos setores estratégicos.

Além do Príncipe, também não poderão participar dos atos de cooperação bilateral previstos para esses dois dias os secretários de Estado de Cooperação Internacional, Jesús Gracia, e de Comércio, Jaime García-Legaz, que viajariam com o herdeiro da Coroa espanhola. EFE

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