General colombiano que foi sequestrado pelas Farc pede baixa do exército

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Bogotá, 1 dez (EFE).- O general colombiano Rubén Darío Alzate, libertado no domingo pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) após um sequestro de 14 dias, disse nesta segunda-feira que pediu baixa do Exército e revelou que durante seu cativeiro foi algemado e ameaçado de morte pela guerrilha.

"Pelo amor e respeito a nossa instituição militar, que por este fato se viu afetada, solicitei ao governo nacional minha retirada do serviço ativo", disse o oficial em sua primeira aparição perante a imprensa no Hospital Militar Central de Bogotá, vestido com o uniforme de gala e acompanhado de sua esposa Claudia Farfán.

Durante seu discurso no Hospital Militar Central de Bogotá, onde compareceu Alzate explicou que seu sequestro no dia 16 de novembro Las Mercedes, no departamento (estado) de Chocó, no oeste do país, aconteceu quando fazia, como civil e desarmado, uma "aproximação" à comunidade como parte de um programa de desenvolvimento econômico.

O general explicou que após uma reunião de trabalho em Quibdó, a capital do Chocó, se dirigiu a Las Mercedes.

Na sua visita à comunidade, estava acompanhado pelo cabo Jorge Rodríguez e pela advogada Gloria Urrego, que foram sequestrados com ele e também libertados no domingo.

Seu objetivo era o desenvolvimento de um projeto piloto de energia alternativa mediante a instalação de turbinas para geração de eletricidade no rio Atrato, com o apoio do Governo de Chocó e que beneficiaria mais de 230 comunidades.

O oficial acrescentou que assim que chegaram a Las Mercedes foram "abordados por quatro homens armados de fuzil, que os sequestraram".

O general destacou que durante os 14 dias que ficou em cativeiro foi algemado e amarrado durante as noites, assim como o cabo Rodríguez.

"Fomos forçados pelos terroristas a caminhar por mais de oito por dia através da floresta e ameaçados de morte se decidíssemos tentar fugir", acrescentou.

Em referência às imagens divulgadas pelas Farc, nas quais aparece sorridente junto com o líder guerrilheiro conhecido como "Pastor Alape", disse que foi "forçado a participar de um show midiático" no qual foram feitas fotos e vídeos do dia de sua libertação.

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