Soldados franceses neutralizam e desarmam milicianos em Bangui
Bangui, 9 dez (EFE).- Os militares franceses começaram nesta segunda-feira as operações de desarmamento forçado dos ex-rebeldes do grupo Séléka e outras milícias que atacaram a população civil desde quinta-feira passada em Bangui, capital da República Centro-Africana (RCA).
Sob uma forte chuva, os soldados da Operação Sangaris desarmaram milicianos, recuperaram um número indeterminado de armas de guerra e neutralizaram membros de grupos armados cujos enfrentamentos causaram pelo menos 400 mortos.
"A operação está ainda em curso", declararam à Agência Efe fontes militares francesas, que recusaram precisar o material apreendido das milícias.
Ao anunciar a operação no domingo, as autoridades francesas afirmaram que deram palavras de ordem a seus soldados para neutralizar todos os milicianos que se oponham ao desarmamento.
"Detivemos alguns elementos que se encontram atualmente em boas mãos", asseguraram à Agência Efe as fontes militares francesas.
Esta operação de desarmamento forçado recebeu hoje o aplauso da população de Bangui.
"Nos alivia vê-los desarmados e pedimos ao Exército francês que continue esta operação até o desarmamento total", disse à Agência Efe Severin Garba, vizinho do bairro Camp dês Castors, no quinto distrito de Bangui.
O presidente da transição da RC, Michel Djotodia, pediu no sábado a todos os membros do Séleka, grupo que ele teoricamente lidera, que se reintegrem nos quartéis do Exército centro-africano.
No entanto, alguns soldados do Séléka ignoraram a ordem e hoje seguiam percorrendo as ruas da capital e cometendo abusos contra a população civil, segundo a Efe pôde constatar.
Nas últimas semanas, foram registrados choques entre partidários do Séléka, que em março deu um golpe de Estado que derrubou o presidente François Bozizé, e seus partidários, agrupados nas milícias de autodefesa "Anti-Balaka" ("antimachete" em sango, a língua nacional).
Os enfrentamentos se intensificaram na quinta-feira após os ataques do "Anti-Balaka" horas antes que a ONU autorizou a intervenção militar da França, junto a uma força africana, para proteger a população civil e restabelecer a ordem no país.
Os "Anti-Balaka" (cristãos) atacaram civis muçulmanos, confissão dos membros do Séléka mas minoritária no país, o que provocou represálias.
A crise na República Centro-Africana começou em 24 de março, quando Bangui foi tomada pelos rebeldes do Séléka, que assumiram o poder no país após a fuga de Bozizé ao exílio e foi formado um Governo liderado por Djotodia.
Sob uma forte chuva, os soldados da Operação Sangaris desarmaram milicianos, recuperaram um número indeterminado de armas de guerra e neutralizaram membros de grupos armados cujos enfrentamentos causaram pelo menos 400 mortos.
"A operação está ainda em curso", declararam à Agência Efe fontes militares francesas, que recusaram precisar o material apreendido das milícias.
Ao anunciar a operação no domingo, as autoridades francesas afirmaram que deram palavras de ordem a seus soldados para neutralizar todos os milicianos que se oponham ao desarmamento.
"Detivemos alguns elementos que se encontram atualmente em boas mãos", asseguraram à Agência Efe as fontes militares francesas.
Esta operação de desarmamento forçado recebeu hoje o aplauso da população de Bangui.
"Nos alivia vê-los desarmados e pedimos ao Exército francês que continue esta operação até o desarmamento total", disse à Agência Efe Severin Garba, vizinho do bairro Camp dês Castors, no quinto distrito de Bangui.
O presidente da transição da RC, Michel Djotodia, pediu no sábado a todos os membros do Séleka, grupo que ele teoricamente lidera, que se reintegrem nos quartéis do Exército centro-africano.
No entanto, alguns soldados do Séléka ignoraram a ordem e hoje seguiam percorrendo as ruas da capital e cometendo abusos contra a população civil, segundo a Efe pôde constatar.
Nas últimas semanas, foram registrados choques entre partidários do Séléka, que em março deu um golpe de Estado que derrubou o presidente François Bozizé, e seus partidários, agrupados nas milícias de autodefesa "Anti-Balaka" ("antimachete" em sango, a língua nacional).
Os enfrentamentos se intensificaram na quinta-feira após os ataques do "Anti-Balaka" horas antes que a ONU autorizou a intervenção militar da França, junto a uma força africana, para proteger a população civil e restabelecer a ordem no país.
Os "Anti-Balaka" (cristãos) atacaram civis muçulmanos, confissão dos membros do Séléka mas minoritária no país, o que provocou represálias.
A crise na República Centro-Africana começou em 24 de março, quando Bangui foi tomada pelos rebeldes do Séléka, que assumiram o poder no país após a fuga de Bozizé ao exílio e foi formado um Governo liderado por Djotodia.