Hollande exige preparar Genebra 2 para chegaram a solução "útil" na Síria

Riad, 29 dez (EFE).- O presidente francês, François Hollande, insistiu neste domingo na "necessidade" de todos os participantes da convenção de Genebra 2, prevista para o próximo 22 de janeiro, estarem "preparados para chegar a um acordo político útil" que ponha fim à guerra síria e as consequências que tem sobre a região.

Em entrevista coletiva em Riad logo depois da reunião que teve com o monarca saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, Hollande disse que o presidente sírio, Bashar al Assad, "utiliza extremistas para conseguir seus objetivos ", e insistiu que a França tem provas que ele utilizou armas químicas.

Também advertiu das consequências do conflito no vizinho Líbano e no resto da região, o que torna ainda mais "necessário trabalhar para conseguir um acordo político útil e produtivo" na conferência.

Riad e Paris têm uma posição similar respeito à crise síria como o apoio à Coalizão Nacional Síria (CNFROS) como representante do país, e a busca de uma solução política à crise, explicou Hollande.

A realização de Genebra 2 foi adiada várias vezes, a última em novembro para dar mais tempo para efetuar consultas, diante das reservas da oposição síria em participar.

A CNFROS advertiu que não irá à convenção de Genebra se os ataques do regime sírio contra a população civil continuarem, após os bombardeios que causaram em Aleppo mais de 500 mortos em duas semanas.

Quanto à relação da França com a Arábia Saudita, o presidente francês lembrou a existência de acordos de cooperação em matéria de armamento e de defesa com o objetivo de conseguir a estabilidade da região.

E afirmou que armará o Exército libanês se for solicitado, depois de Beirute anunciar que a Árabia Saudita vai conceder à instituição militar US$ 3 bilhões para modernizar seu armamento.

Durante a estadia em Riad, Hollande vai se reunir também com o ex-primeiro-ministro libanês Saad Hariri e com o chefe da opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Ahmed Yarba.

No encontro entre o rei saudita e Hollande, ambos abordaram também a cooperação no âmbito energético para construir reatores nucleares "com fins pacíficos".

Relacionado com este último ponto, Hollande disse que não suspenderá as sanções ao Irã, grande rival regional da Arábia Saudita, até que Teerã cumpra totalmente o acordo com os países do grupo 5+1 e se comprometa a não fabricar armas nucleares.

Em 24 de novembro, Irã chegou a um acordo com o 5+1 (membros permanentes do Conselho de Segurança mais a Alemanha) em Genebra para suspender parcialmente seu programa nuclear em troca da suspensão limitada de sanções e do compromisso das potências de não impor outras novas durante seis meses, tempo para negociarem um acordo definitivo.

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