Ulemá saudita emite lei que proíbe mulheres de irem sozinhas ao médico
Riad, 13 fev (EFE).- O membro da Organização de Grandes Ulemás da Arábia Saudita - uma instituição oficial -, Qais al Mubarak, proibiu que as mulheres sejam atendidas por médicos homens, a não ser que estajam acompanhadas por um homem da família.
O jornal saudita Al-Hayat publicou nesta quinta-feira que a "fatwa" (lei islâmica) emitida por Mubarak torna "ilícito que uma mulher mostre seu corpo perante um médico, e o assunto é mais grave no caso da exposição de partes íntimas".
O xeque advertiu que a proibição inclui os partos e a intervenções cirúrgicas na região pélvica porque "cobrir as partes íntimas do corpo é um dever religioso".
A mulher pode mostrar estas áreas do corpo ao médico apenas em casos de extrema necessidade e na companhia de um "mahram" (parente próximo como marido, pai ou irmão).
Nesses casos de emergência, o médico só deve examinar a parte do corpo onde se origina a doença, acrescentou Mubarak.
"Nessas consultas ao médico, a sós, a conversa com a paciente pode se prolongar e isto pode resultar em terríveis consequências e por isso a lei islâmica proibiu tal prática", advertiu o ulemá.
A polícia da moral saudita da região leste do país já começou a proibir as visitas das mulheres aos centros de saúde sem um "mahram".
O jornal Al-Hayat informou que agentes desse órgão policial entraram em um centro de saúde e impediram que as mulheres fossem atendidas por um especialista homem sem a companhia de um parente.
Fontes desse centro médico disseram que a medida causou grandes transtornos porque várias pacientes rejeitaram a medida por não terem um parente que possa acompanhá-las a cada consulta.
As instituições religiosas sauditas defendem uma posição intransigente de segregação por gênero, admitindo raras exceções. EFE
sa/apc-dk
O jornal saudita Al-Hayat publicou nesta quinta-feira que a "fatwa" (lei islâmica) emitida por Mubarak torna "ilícito que uma mulher mostre seu corpo perante um médico, e o assunto é mais grave no caso da exposição de partes íntimas".
O xeque advertiu que a proibição inclui os partos e a intervenções cirúrgicas na região pélvica porque "cobrir as partes íntimas do corpo é um dever religioso".
A mulher pode mostrar estas áreas do corpo ao médico apenas em casos de extrema necessidade e na companhia de um "mahram" (parente próximo como marido, pai ou irmão).
Nesses casos de emergência, o médico só deve examinar a parte do corpo onde se origina a doença, acrescentou Mubarak.
"Nessas consultas ao médico, a sós, a conversa com a paciente pode se prolongar e isto pode resultar em terríveis consequências e por isso a lei islâmica proibiu tal prática", advertiu o ulemá.
A polícia da moral saudita da região leste do país já começou a proibir as visitas das mulheres aos centros de saúde sem um "mahram".
O jornal Al-Hayat informou que agentes desse órgão policial entraram em um centro de saúde e impediram que as mulheres fossem atendidas por um especialista homem sem a companhia de um parente.
Fontes desse centro médico disseram que a medida causou grandes transtornos porque várias pacientes rejeitaram a medida por não terem um parente que possa acompanhá-las a cada consulta.
As instituições religiosas sauditas defendem uma posição intransigente de segregação por gênero, admitindo raras exceções. EFE
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