EUA e Canadá levam caso da Venezuela a OEA
Washington, 19 fev (EFE).- Os Estados Unidos e o Canadá expuseram perante a OEA nesta quarta-feira preocupação com a situação na Venezuela, cujo representante, Roy Chaderton, respondeu com uma condenação ao "imperialismo americano", e voltou a acusar o país de estar por trás das tentativas de "desestabilização".
O Conselho Permanente da OEA tratou em sessão ordinária a situação da Venezuela pela primeira vez desde que começaram os protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, que disse que a oposição tinha um plano para tirá-lo do poder.
O debate aconteceu por iniciativa da representante de EUA, Carmen Lomellin, que expressou sua "profunda preocupação com o aumento das tensões e da violência na Venezuela", e assegurou que seu país está atualmente "em consultas com outros" governos para analisar a situação.
"Pedimos ao governo venezuelano que dialogue com todas as partes envolvidas. Este é o único caminho para uma solução justa e pacífica", disse Carmen na sessão.
Allan Culham, representante do Canadá, afirmou que os acontecimentos na Venezuela "demonstram a importância de que todas as partes entrem em um diálogo respeitoso".
Os representantes na OEA do Peru, Juan Jiménez Mayor, e do Panamá, Arturo Vallarino, apoiaram o chamado ao início de "um diálogo com o maior respeito aos valores da pluralidade de opiniões, a integridade pessoal e, principalmente, aos direitos humanos", nas palavras de Vallarino.
Em resposta, Chaderton atribuiu a violência dos protestos a uma "ação desestabilizadora" contra o governo, orquestrada pela oposição com o apoio dos Estados Unidos, ao que acusou de sofrer "uma patologia de estado: a dependência à guerra e, certamente, à desestabilização".
Ele acusou à oposição e a "organizações de fachada instaladas em Washington" de instigar as manifestações, apesar de que, "dois meses antes" de começarem, Maduro iniciou um diálogo com "todos os governadores e prefeitos da oposição".
Como Maduro já tinha denunciado na segunda-feira, Chaderton reiterou que no último domingo recebeu uma chamada do subsecretário adjunto para a América Latina do Departamento de Estado de EUA, Alex Lee, que o advertiu para se ater às consequências internacionais caso capturassem Leopoldo López, o líder opositor.
"A Venezuela vive uma revolução democrática. Estamos pagando um preço alto por isso, e vamos continuar pagando", disse Chaderton.
O debate coincidiu com uma manifestação fora da sede da OEA. Dezenas de pessoas pediram ao secretário-geral do organismo, José Miguel Insulza, que ative a Carta Democrática Interamericana para convocar uma sessão extraordinária do organismo sobre as supostas violações cometidas pelo governo de Maduro.
O representante da Colômbia perante a OEA, Andrés González, reiterou sua preocupação expressada na terça-feira pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pelo aumento de colombianos residentes na Venezuela que foram deportados.
"Durante o ano passado, foram deportados 2.500 colombianos, e neste ano já foram contabilizadas mais de 550 deportações", informou González.
Durante a sessão, os representantes de Equador, Bolívia, Nicarágua e Argentina expressaram seu apoio ao governo da Venezuela perante o que definiram como "manobras desestabilizadoras" ou "tentativas de golpe de Estado modernos".
O Conselho Permanente da OEA tratou em sessão ordinária a situação da Venezuela pela primeira vez desde que começaram os protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, que disse que a oposição tinha um plano para tirá-lo do poder.
O debate aconteceu por iniciativa da representante de EUA, Carmen Lomellin, que expressou sua "profunda preocupação com o aumento das tensões e da violência na Venezuela", e assegurou que seu país está atualmente "em consultas com outros" governos para analisar a situação.
"Pedimos ao governo venezuelano que dialogue com todas as partes envolvidas. Este é o único caminho para uma solução justa e pacífica", disse Carmen na sessão.
Allan Culham, representante do Canadá, afirmou que os acontecimentos na Venezuela "demonstram a importância de que todas as partes entrem em um diálogo respeitoso".
Os representantes na OEA do Peru, Juan Jiménez Mayor, e do Panamá, Arturo Vallarino, apoiaram o chamado ao início de "um diálogo com o maior respeito aos valores da pluralidade de opiniões, a integridade pessoal e, principalmente, aos direitos humanos", nas palavras de Vallarino.
Em resposta, Chaderton atribuiu a violência dos protestos a uma "ação desestabilizadora" contra o governo, orquestrada pela oposição com o apoio dos Estados Unidos, ao que acusou de sofrer "uma patologia de estado: a dependência à guerra e, certamente, à desestabilização".
Ele acusou à oposição e a "organizações de fachada instaladas em Washington" de instigar as manifestações, apesar de que, "dois meses antes" de começarem, Maduro iniciou um diálogo com "todos os governadores e prefeitos da oposição".
Como Maduro já tinha denunciado na segunda-feira, Chaderton reiterou que no último domingo recebeu uma chamada do subsecretário adjunto para a América Latina do Departamento de Estado de EUA, Alex Lee, que o advertiu para se ater às consequências internacionais caso capturassem Leopoldo López, o líder opositor.
"A Venezuela vive uma revolução democrática. Estamos pagando um preço alto por isso, e vamos continuar pagando", disse Chaderton.
O debate coincidiu com uma manifestação fora da sede da OEA. Dezenas de pessoas pediram ao secretário-geral do organismo, José Miguel Insulza, que ative a Carta Democrática Interamericana para convocar uma sessão extraordinária do organismo sobre as supostas violações cometidas pelo governo de Maduro.
O representante da Colômbia perante a OEA, Andrés González, reiterou sua preocupação expressada na terça-feira pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pelo aumento de colombianos residentes na Venezuela que foram deportados.
"Durante o ano passado, foram deportados 2.500 colombianos, e neste ano já foram contabilizadas mais de 550 deportações", informou González.
Durante a sessão, os representantes de Equador, Bolívia, Nicarágua e Argentina expressaram seu apoio ao governo da Venezuela perante o que definiram como "manobras desestabilizadoras" ou "tentativas de golpe de Estado modernos".
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