Venezuela vive novo dia de protestos às vésperas de homenagem a Chávez
Aldo Rodríguez Villouta.
Caracas, 4 mar (EFE).- A Venezuela viveu nesta terça-feira mais um dia de protestos contra o presidente, Nicolás Maduro, e registrou a 19ª morte em três semanas, às vésperas do primeiro aniversário da morte do líder bolivariano, Hugo Chávez, data que será lembrada amanhã com um desfile cívico-militar.
"A um ano da partida do Comandante Eterno convido todo o povo a render-lhe homenagem em paz e com amor", pediu Maduro em sua conta no Twitter, onde cobriu de elogios seu antecessor, que morreu depois de uma batalha contra o câncer após 14 anos no poder.
Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Nicarágua, Daniel Ortega, estreitos aliados de Chávez e agora de Maduro, anunciaram que assistirão ao desfile. Além desse ato, está programada uma cerimônia no Quartel da Montanha em Caracas, onde repousam os restos do homem que comandou a Venezuela de 1999 até 5 de março do ano passado.
Revoltado, o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, um dos mais acirrados opositores venezuelanos, se perguntou no Twitter "Quantos remédios poderiam ser comprados com o que estão desperdiçando no desfile de amanhã?".
O desfile acontecerá no momento em que Caracas e várias cidades da Venezuela estão imersas desde 12 de fevereiro em uma onda de protestos contra as políticas econômicas e sociais do governo de Maduro, que tinha até hoje um balanço oficial de 18 mortos, mais de 260 feridos e centenas de detidos.
O governo responsabiliza os opositores por 15 mortes e admite que nas três restantes estão envolvidos agentes de corpos de segurança já detidos, enquanto a oposição responsabiliza as autoridades e "coletivos armados chavistas" pela violência.
Porém, nesta terça-feira, a ministra de Comunicação venezuelana, Delcy Rodríguez, informou da morte de mais uma pessoa ao chocar-se contra uma barricada relacionada com os protestos em Táchira, estado no oeste do país e fronteiriço com a Colômbia.
"O cidadão Luis Gutiérrez Camargo morreu de forma instantânea ao colidir com uma barricada em Rubio, Táchira", escreveu a ministra no Twitter.
Rodríguez se perguntou "se os violentos que organizam estas barricadas não estão conscientes que podem acabar com a vida de outra pessoa?".
"Pelas redes sociais somos testemunhas estupefatos de como pseudo dirigentes da morte e do ódio dão instruções para assassinar cidadãos sem o menor estupor!", acrescentou a ministra em mensagens sucessivas.
Com essa morte, seriam 19 as vítimas mortais em incidentes relacionados com os protestos.
Por sua parte, a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) não marcou atividades para esta quarta-feira, mas confirmou que convocou para quinta uma concentração de oração pelas vítimas da insegurança cidadã e da escassez de produtos de consumo em uma área do leste de Caracas, conhecido bastião chavista.
O dia hoje foi complementado com reportes governistas sobre a felicidade popular pelo carnaval em praias, rios e montanhas, e em Caracas por alguns incidentes menores com a polícia após uma marcha pacífica em lembrança aos mortos desde 12 de fevereiro.
Os rostos das vítimas impressos em cartazes lideraram a passeata convocada pela deputada María Corina Machado, que declarou perante os manifestantes que Maduro "quer enterrar a memória dos caídos".
"Vamos levar adiante esta luta até a conquista da democracia. Vamos conseguir a mudança política para a Venezuela. Seguiremos adiante até vencer", exclamou a deputada.
Caracas, 4 mar (EFE).- A Venezuela viveu nesta terça-feira mais um dia de protestos contra o presidente, Nicolás Maduro, e registrou a 19ª morte em três semanas, às vésperas do primeiro aniversário da morte do líder bolivariano, Hugo Chávez, data que será lembrada amanhã com um desfile cívico-militar.
"A um ano da partida do Comandante Eterno convido todo o povo a render-lhe homenagem em paz e com amor", pediu Maduro em sua conta no Twitter, onde cobriu de elogios seu antecessor, que morreu depois de uma batalha contra o câncer após 14 anos no poder.
Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Nicarágua, Daniel Ortega, estreitos aliados de Chávez e agora de Maduro, anunciaram que assistirão ao desfile. Além desse ato, está programada uma cerimônia no Quartel da Montanha em Caracas, onde repousam os restos do homem que comandou a Venezuela de 1999 até 5 de março do ano passado.
Revoltado, o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, um dos mais acirrados opositores venezuelanos, se perguntou no Twitter "Quantos remédios poderiam ser comprados com o que estão desperdiçando no desfile de amanhã?".
O desfile acontecerá no momento em que Caracas e várias cidades da Venezuela estão imersas desde 12 de fevereiro em uma onda de protestos contra as políticas econômicas e sociais do governo de Maduro, que tinha até hoje um balanço oficial de 18 mortos, mais de 260 feridos e centenas de detidos.
O governo responsabiliza os opositores por 15 mortes e admite que nas três restantes estão envolvidos agentes de corpos de segurança já detidos, enquanto a oposição responsabiliza as autoridades e "coletivos armados chavistas" pela violência.
Porém, nesta terça-feira, a ministra de Comunicação venezuelana, Delcy Rodríguez, informou da morte de mais uma pessoa ao chocar-se contra uma barricada relacionada com os protestos em Táchira, estado no oeste do país e fronteiriço com a Colômbia.
"O cidadão Luis Gutiérrez Camargo morreu de forma instantânea ao colidir com uma barricada em Rubio, Táchira", escreveu a ministra no Twitter.
Rodríguez se perguntou "se os violentos que organizam estas barricadas não estão conscientes que podem acabar com a vida de outra pessoa?".
"Pelas redes sociais somos testemunhas estupefatos de como pseudo dirigentes da morte e do ódio dão instruções para assassinar cidadãos sem o menor estupor!", acrescentou a ministra em mensagens sucessivas.
Com essa morte, seriam 19 as vítimas mortais em incidentes relacionados com os protestos.
Por sua parte, a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) não marcou atividades para esta quarta-feira, mas confirmou que convocou para quinta uma concentração de oração pelas vítimas da insegurança cidadã e da escassez de produtos de consumo em uma área do leste de Caracas, conhecido bastião chavista.
O dia hoje foi complementado com reportes governistas sobre a felicidade popular pelo carnaval em praias, rios e montanhas, e em Caracas por alguns incidentes menores com a polícia após uma marcha pacífica em lembrança aos mortos desde 12 de fevereiro.
Os rostos das vítimas impressos em cartazes lideraram a passeata convocada pela deputada María Corina Machado, que declarou perante os manifestantes que Maduro "quer enterrar a memória dos caídos".
"Vamos levar adiante esta luta até a conquista da democracia. Vamos conseguir a mudança política para a Venezuela. Seguiremos adiante até vencer", exclamou a deputada.