Estados Unidos não reconhecerão anexação da Crimeia à Rússia

Washington, 9 mar (EFE).- Os Estados Unidos não reconhecerão a anexação da península ucraniana da Crimeia à Federação Russa, independentemente dos resultados do referendo previsto para o dia 16 de março, afirmou neste domingo o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Tony Blinken.

"Se houver um referendo e for votada a saída da Ucrânia e a entrada na Rússia, não vamos reconhecê-lo e também não o reconhecerá a maior parte da comunidade internacional", declarou Blinken em entrevista ao canal "NBC News".

O assessor do presidente americano, Barack Obama, advertiu que o custo dessa manobra de anexação da Crimeia "aumentaria ostensivamente" e o governo russo se arriscaria a um maior "isolamento".

Blinken considerou que a ocupação militar da Crimeia por parte de tropas pró-russas é uma demonstração de "fraqueza" do presidente russo, Vladimir Putin, que não aceitou a saída de seu aliado, o deposto presidente ucraniano Viktor Yanukovich, do poder.

Obama conversou ontem com os líderes de Reino Unido, França, Itália e das três repúblicas bálticas para coordenar esforços que dissuadam a Rússia de sua postura de tomada de controle da Crimeia.

O presidente americano e seus aliados consideraram inconstitucional a convocação do referendo unilateralmente e contra a posição do governo ucraniano.

Blinken também se referiu à possibilidade que a Rússia não permita algumas inspeções nucleares que fazem parte dos acordos de não-proliferação em resposta às sanções econômicas que os Estados Unidos planeja impor.

O assessor da Casa Branca opinou que esta medida, que segundo o "The Washington Post" está sendo considerada pelo Ministério da Defesa russo, seria "um acontecimento muito grave".

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