Apenas 7 países concentram 66% das políticas de segurança na América Latina
Rio de Janeiro, 20 mar (EFE).- Cerca de dois terços das políticas de segurança cidadã adotadas na América Latina desde 1990 se concentraram em apenas sete países - Brasil, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Nicarágua -, informou nesta quinta-feira a ONG Instituto Igarapé com base em dados oficiais.
Esta é a principal conclusão extraída de uma nova plataforma virtual e interativa, que recopilou cerca de 1.300 políticas de segurança iniciadas em 40 países da América Latina e do Caribe desde 1990, que foi apresentada hoje no Rio de Janeiro.
Esta plataforma, chamada Mapa da Segurança Cidadã, é uma base de dados realizada pelo Instituto Igarapé em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a ONG Insight Crime, que apresenta, de forma visual e gráfica, em que países e em que áreas específicas está se investindo em segurança e onde há "lacunas".
"Não é uma surpresa que as intervenções de segurança se concentrem nos países grandes, nem na América Central, onde há um enorme investimento em segurança. Por outro lado não há nenhuma na Argentina, Paraguai ou Bolívia, e no Peru são muito limitadas", disse à agência Efe o diretor de pesquisa do Instituto Igarapé, Robert Muggah.
O Mapa (disponível no site http://igarape.data4.mx), que se apresenta como uma ferramenta para ajudar acadêmicos, responsáveis de segurança e políticos, permite ver aspectos como o custo, que em sua maioria não supera os US$ 2 milhões por projeto, a fonte de financiamento e sua aplicação.
Em um prazo de dois a três meses, o site incluirá um semáforo que, com um código de cores, facilitará a tarefa de avaliar que políticas de segurança funcionaram e quais não.
No entanto, só cerca de 7% das políticas de segurança na região está acompanhada de programas de avaliação com dados científicos "robustos" que permitam verificar o êxito ou fracasso das mesmas, segundo o responsável do projeto.
"A recopilação de bons dados é um fenômeno bastante novo e não está disseminado na América Latina, embora esteja melhorando nos últimos anos em cidades como Cali e Medellín (Colômbia) ou nas UPP (Unidades de Polícia Pacificadora) do Rio de Janeiro", comentou Muggah.
A falta de dados de avaliação das políticas de segurança é especialmente grave em alguns países que estão entre os mais violentos da América Latina, entre os que citou Honduras, El Salvador e México.
Entre outras estatísticas gerais extraídas da base de dados, é possível verificar que 47% das políticas de segurança aplicadas na América Latina é de âmbito nacional, 32% municipal e o restante, regionais.
Cerca da metade das intervenções de segurança na região estava relacionada ao combate de crimes comuns e a projetos relacionados com a criminalidade juvenil.
Esta é a principal conclusão extraída de uma nova plataforma virtual e interativa, que recopilou cerca de 1.300 políticas de segurança iniciadas em 40 países da América Latina e do Caribe desde 1990, que foi apresentada hoje no Rio de Janeiro.
Esta plataforma, chamada Mapa da Segurança Cidadã, é uma base de dados realizada pelo Instituto Igarapé em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a ONG Insight Crime, que apresenta, de forma visual e gráfica, em que países e em que áreas específicas está se investindo em segurança e onde há "lacunas".
"Não é uma surpresa que as intervenções de segurança se concentrem nos países grandes, nem na América Central, onde há um enorme investimento em segurança. Por outro lado não há nenhuma na Argentina, Paraguai ou Bolívia, e no Peru são muito limitadas", disse à agência Efe o diretor de pesquisa do Instituto Igarapé, Robert Muggah.
O Mapa (disponível no site http://igarape.data4.mx), que se apresenta como uma ferramenta para ajudar acadêmicos, responsáveis de segurança e políticos, permite ver aspectos como o custo, que em sua maioria não supera os US$ 2 milhões por projeto, a fonte de financiamento e sua aplicação.
Em um prazo de dois a três meses, o site incluirá um semáforo que, com um código de cores, facilitará a tarefa de avaliar que políticas de segurança funcionaram e quais não.
No entanto, só cerca de 7% das políticas de segurança na região está acompanhada de programas de avaliação com dados científicos "robustos" que permitam verificar o êxito ou fracasso das mesmas, segundo o responsável do projeto.
"A recopilação de bons dados é um fenômeno bastante novo e não está disseminado na América Latina, embora esteja melhorando nos últimos anos em cidades como Cali e Medellín (Colômbia) ou nas UPP (Unidades de Polícia Pacificadora) do Rio de Janeiro", comentou Muggah.
A falta de dados de avaliação das políticas de segurança é especialmente grave em alguns países que estão entre os mais violentos da América Latina, entre os que citou Honduras, El Salvador e México.
Entre outras estatísticas gerais extraídas da base de dados, é possível verificar que 47% das políticas de segurança aplicadas na América Latina é de âmbito nacional, 32% municipal e o restante, regionais.
Cerca da metade das intervenções de segurança na região estava relacionada ao combate de crimes comuns e a projetos relacionados com a criminalidade juvenil.
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