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Obama promete ação para libertar cidadãos dos EUA detidos no mundo

31/05/2014 21h24

Washington, 31 mai (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que seu país está comprometido a conseguir a libertação dos cidadãos americanos injustamente detidos no mundo, após anunciar o fim do cativeiro do americano detido pelos talibãs no Afeganistão, o sargento Bowe Bergdahl.

"Estamos comprometidos a assegurar a libertação dos cidadãos americanos que estão detidos injustamente no exterior, para que possam se reunir com suas famílias como fará Bowe", disse Obama em uma declaração perante a imprensa no Jardim da Casa Branca.

O líder compareceu acompanhado dos pais do sargento, Bob e Jani Bergdahl, e lhes assegurou que, durante os quase cinco anos em que seu filho esteve detido no Afeganistão, seu país "nunca se esqueceu dele".

"Os EUA nunca deixam para trás seus homens e mulheres em uniforme", sentenciou.

A libertação de Bergdahl se concretizou em troca da mudança para o Catar de cinco prisioneiros afegãos da prisão na base naval de Guantánamo (Cuba), que já estão rumo a Doha.

"Estamos comprometidos em pôr fim à guerra no Afeganistão e fechar a prisão de Guantánamo, mas também mantemos um compromisso ferrenho de trazer para casa nossos prisioneiros de guerra. E pelo menos neste caso, é uma promessa que pudemos cumprir", ressaltou Obama.

O presidente também mostrou sua determinação de conseguir a libertação dos americanos injustamente detidos no exterior, sem mencionar nenhum concretamente.

Entre esses civis detidos por causas que os Estados Unidos considera injustas, o caso de mais alto perfil é provavelmente o do contratista Alan Gross, preso desde 2009 em Cuba por supostas atividades subversivas contra o Estado cubano.

Justamente hoje, a organização Cuba Now, que defende uma maior abertura em relação ao país, pediu ao governo de Obama para usar na libertação de Gross os mesmos esforços com os quais conseguiu recuperar Bergdahl.

Outro dos cidadãos americanos que concentra mais esforços dos EUA é o ex-agente do FBI Robert Levinson, desaparecido há sete anos no Irã enquanto espionava supostamente para a CIA, e supostamente capturado pelos serviços secretos iranianos.