Topo

Caxemira indiana conclui eleições regionais com alto índice de participação

20/12/2014 13h50

Srinagar (Índia), 20 dez (EFE).- A Caxemira indiana, reivindicada pelo Paquistão,realizou neste sábado o último dos cinco dias de votação das eleições regionais com alto índice de participação, próximo a 65%, informaram fontes da Comissão Eleitoral.

Não foram registrados problemas em nenhuma das 20 circunscrições do estado de Jammu e Caxemira ao longo do dia. Os centros de votação fecharam às 16h (8h30 de Brasília).

Cerca de 1,8 milhão de eleitores foram convocados às urnas para este dia, segundo a agência local "Ians". Ao todo 7,2 milhões de eleitores poderiam votar nas cinco fases do pleito em 87 circunscrições da região, pela qual a Índia e Paquistão travaram duas guerras e outros conflitos.

As quatro fases anteriores, realizadas ao longo das últimas semanas, registraram uma participação maior que em eleições anteriores, com 71% nos dois primeiros dias, 59% no terceiro e 49% no quarto, esta última com 4% a mais que no pleito de 2008.

Em Srinagar, capital de verão da Caxemira indiana, foram registrados 28% de participação na quarta fase, o que significa o maior comparecimento de eleitores às urnas em 25 anos nesta cidade. A participação nas eleições de 2008 foi de 60%.

Apesar da tranquilidade do pleito, cujos resultados serão divulgados na terça-feira, 18 pessoas morreram em dois ataques insurgentes na região nio início de dezembro.

Analistas locais acreditam que esta grande participação significa um voto contra o partido do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o nacionalista hindu Bharatiya Janata (BJP), que realizou uma campanha intensa.

O BJP, que ganhou as eleições gerais em maio e posteriormente chegou ao poder em vários estados, espera conseguir um bom resultado, que inclusive o permita formar uma coalizão.

O opositor Partido Democrático Popular (PDP), de Mehbooba Mufti, desponta como o favorito frente à fraqueza da governante Conferência Nacional, liderada por Omar Abdullah, após cinco anos no poder.

Esta região do Himalaia, uma das mais militarizadas do mundo com cerca de 500 mil soldados em um Estado com 10 milhões de habitantes, é palco da atividade dos insurgentes independentistas desde os anos 90.