Evo Morales inicia terceiro mandato com promessa que Bolívia voltará ao mar
La Paz, 22 jan (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, iniciou nesta quinta-feira seu terceiro mandato consecutivo até 2020 e seu décimo ano de governo com a promessa de que um dia seu país voltará ao oceano Pacífico com "soberania".
"Nossa reivindicação está bem encaminhada. Por história, por justiça e por direito, um dia vamos voltar ao oceano Pacífico com soberania", declarou Morales durante seu discurso perante o Congresso, onde fez o juramento para seguir exercendo o cargo.
Na presença da presidente Dilma Rousseff, em sua primeira visita ao país, e dos líderes de Costa Rica, Equador, Paraguai, Trinidad e Tobago, Venezuela e Namíbia, o governante destacou a reivindicação marítima apresentada por seu país perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ).
A Bolívia solicitou em 2013 à CIJ uma decisão que obrigue o Chile a negociar sua exigência de uma restituição de acesso soberano ao mar perdido em uma guerra em 1879 e que lhe custou 400 quilômetros de costa e 120.000 quilômetros quadrados de superfície.
O Chile rejeita a reivindicação boliviana e seu governo, liderado por Michelle Bachelet, objetou a competência da CIJ para tratar este tema, um assunto que ainda deve ser resolvido pelo alto tribunal das Nações Unidas.
Bachelet enviou o presidente da Corte Suprema de Justiça do Chile, Sergio Muñoz, para representá-la na cerimônia em La Paz, que terminou com a entonação do "Hino ao mar", uma marcha militar sobre a reivindicação marítima boliviana.
Além de lembrar a reivindicação marítima, Morales centrou seu discurso em repassar a situação doméstica do país, a melhora da economia e os projetos que empreenderá neste novo mandato para melhorar a deteriorada justiça boliviana e o sistema sanitário.
Os movimentos sociais, alguns chegados de outros países, se somaram à festa na Praça Murillo, onde se encontram o Legislativo e o Palácio de Governo, e que nesta ocasião se viu bastante menos movimentada que nas posses anteriores de Morales.
Como já tinha anunciado, o discurso perante o Legislativo, de 51 minutos, foi muito mais curto que habitual "por respeito" aos convidados internacionais, já que em algumas ocasiões anteriores o governante chegou a falar até cinco horas seguidas.
Morales, que assumiu pela primeira vez a presidência em janeiro de 2006, será em outubro o líder com mais anos contínuos no poder na história da Bolívia, quando ultrapasse os nove anos e dez meses do militar Andrés de Santa Cruz (1829-1839).
Quando termine seu terceiro mandato, em 22 de janeiro de 2020, Morales completará 14 anos seguidos no poder e também terá superado o recorde do presidente Víctor Paz Estenssoro, que em quatro mandatos descontínuos governou no total 12 anos e quase sete meses.
Por sua vez, a oposição teme que o líder impulsione um referendo constitucional para estabelecer a reeleição indefinida, embora Morales tenha garantindo esta semana que deixará o poder em 2020 para abrir um restaurante em sua terra, Cochabamba.
As críticas opositoras se baseiam no fato de que o líder prometeu publicamente não buscar um terceiro mandato em troca de levar adiante a reforma constitucional de 2009, mas rompeu seu compromisso e se apresentou ao pleito de outubro do ano passado, que ganhou com 61,3% dos votos.
Uma decisão do Tribunal Constitucional aprovou essa terceira candidatura, apesar de a Carta Magna que Morales promulgou em 2009 permitir apenas dois mandatos consecutivos.
O argumento do alto tribunal foi que a Bolívia se refundou como Estado Plurinacional em 2009, motivo pelo qual o primeiro dos mandatos de Morales (2006-2010) não era computável.
"Nossa reivindicação está bem encaminhada. Por história, por justiça e por direito, um dia vamos voltar ao oceano Pacífico com soberania", declarou Morales durante seu discurso perante o Congresso, onde fez o juramento para seguir exercendo o cargo.
Na presença da presidente Dilma Rousseff, em sua primeira visita ao país, e dos líderes de Costa Rica, Equador, Paraguai, Trinidad e Tobago, Venezuela e Namíbia, o governante destacou a reivindicação marítima apresentada por seu país perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ).
A Bolívia solicitou em 2013 à CIJ uma decisão que obrigue o Chile a negociar sua exigência de uma restituição de acesso soberano ao mar perdido em uma guerra em 1879 e que lhe custou 400 quilômetros de costa e 120.000 quilômetros quadrados de superfície.
O Chile rejeita a reivindicação boliviana e seu governo, liderado por Michelle Bachelet, objetou a competência da CIJ para tratar este tema, um assunto que ainda deve ser resolvido pelo alto tribunal das Nações Unidas.
Bachelet enviou o presidente da Corte Suprema de Justiça do Chile, Sergio Muñoz, para representá-la na cerimônia em La Paz, que terminou com a entonação do "Hino ao mar", uma marcha militar sobre a reivindicação marítima boliviana.
Além de lembrar a reivindicação marítima, Morales centrou seu discurso em repassar a situação doméstica do país, a melhora da economia e os projetos que empreenderá neste novo mandato para melhorar a deteriorada justiça boliviana e o sistema sanitário.
Os movimentos sociais, alguns chegados de outros países, se somaram à festa na Praça Murillo, onde se encontram o Legislativo e o Palácio de Governo, e que nesta ocasião se viu bastante menos movimentada que nas posses anteriores de Morales.
Como já tinha anunciado, o discurso perante o Legislativo, de 51 minutos, foi muito mais curto que habitual "por respeito" aos convidados internacionais, já que em algumas ocasiões anteriores o governante chegou a falar até cinco horas seguidas.
Morales, que assumiu pela primeira vez a presidência em janeiro de 2006, será em outubro o líder com mais anos contínuos no poder na história da Bolívia, quando ultrapasse os nove anos e dez meses do militar Andrés de Santa Cruz (1829-1839).
Quando termine seu terceiro mandato, em 22 de janeiro de 2020, Morales completará 14 anos seguidos no poder e também terá superado o recorde do presidente Víctor Paz Estenssoro, que em quatro mandatos descontínuos governou no total 12 anos e quase sete meses.
Por sua vez, a oposição teme que o líder impulsione um referendo constitucional para estabelecer a reeleição indefinida, embora Morales tenha garantindo esta semana que deixará o poder em 2020 para abrir um restaurante em sua terra, Cochabamba.
As críticas opositoras se baseiam no fato de que o líder prometeu publicamente não buscar um terceiro mandato em troca de levar adiante a reforma constitucional de 2009, mas rompeu seu compromisso e se apresentou ao pleito de outubro do ano passado, que ganhou com 61,3% dos votos.
Uma decisão do Tribunal Constitucional aprovou essa terceira candidatura, apesar de a Carta Magna que Morales promulgou em 2009 permitir apenas dois mandatos consecutivos.
O argumento do alto tribunal foi que a Bolívia se refundou como Estado Plurinacional em 2009, motivo pelo qual o primeiro dos mandatos de Morales (2006-2010) não era computável.
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