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Obama e rei saudita consolidam relação e pedem por unidade perante terrorismo

28/01/2015 08h52

Riad, 28 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o rei saudita, Salman bin Abdelaziz, expressaram em um encontro em Riad determinação em consolidar a estreita cooperação e em unir esforços para lutar contra o terrorismo.

Segundo um comunicado da Casa Real divulgado nesta quarta-feira, ambos destacaram "a importância de atuar para conseguir a segurança e a estabilidade na região" do Oriente Médio.

Os conflitos regionais, com a Síria e Iraque na liderança, centraram as conversas de ontem entre Obama e o monarca saudita, que chegou ao trono na sexta-feira.

Para combater o terrorismo, ambos advogaram por "esforços conjuntos" porque, como disse o rei em um tweet, o objetivo é "fortalecer a associação estratégica e a cooperação bilateral e servir à paz mundial".

Um das frentes onde ambos Estados trabalham conjuntamente é na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que desde o mês passado de junho realiza uma ofensiva no Iraque e Síria, onde proclamou um califado.

A Arábia Saudita participa do marco de uma coalizão internacional comandada por Washington nos bombardeios contra as posições dos radicais na zona.

Riad também insistiu na importância de achar uma solução ao conflito árabe-israelense, com base nas resoluções internacionais e a Iniciativa Árabe de Paz.

Outro tema abordado durante a reunião foi o expediente nuclear iraniano, no marco das negociações entre o G5+1 e o Irã, que despertam temor na Arábia Saudita.

Segundo o analista saudita Anwar Aishqui, há vários temas nos quais é necessário um acordo porque há divergências entre Riad e Washington.

Em uma coluna no jornal saudita "Okaz", o analista disse que a Arábia Saudita espera um maior compromisso dos Estados Unidos nas crises da Síria, Iraque, Iêmen e Líbia.

Aishqui também quer que ao tratar a relação com o Irã, não seja apenas estudado o tema nuclear, mas também "a ingerência" da República Islâmica nos assuntos internos dos países da região.

Com esta visita de apenas algumas horas, Obama buscou estreitar ainda mais as já fortes relações entre ambos países que existem há décadas, e que foram reforçadas nos últimos anos com a luta contra o terrorismo.

A delegação que acompanhou Obama esteve composta pelo secretário de Estado, John Kerry, o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), John Brennan, e o chefe do Comando Central americano, Lloyd Austin.